Malformações uterinas intravenosas (MUI) é uma condição rara em que há uma conexão anormal entre veias e artérias que desvia do sistema capilar. Pode ter risco de vida pois pode ocorrer hemorragia severa. MUI pode ser congênita ou adquirida. A MUI adquirida não é necessariamente verdadeira. Mas, a vascularização miometrial aumentada (VMA) esta associada com uma subinvolução do leito placentário, produtos retitos de concepção, ou outras formas de patologias uterinas, assim como doença trofoblástica gestacional, pólipos e fibroides. Diagnóstico e avaliações radiológicas precisas são essenciais. Mulher de 35 anos, grávida GIV, PII, Ab I, foi referida a uma ultrassonografia obstétrica de rotina. Idade gestacional calculada pela ultrassonografia de 1 trimestre foi de 20 semanas. Ultrassonografia abdominal demonstrou material amórfo (figura 1A). Ultrassom transvaginal com Doppler (figura 1B) mostrou uma imagem tubular, tortuosa, hipoecóica com fluxo turbulento de baixa resistência na cavidade uterina (velocidade: 39m/s). BHCG foi inconclusivo. A víde-histeroscopia com biópsia (figura 1c) mostrou uma massa vascular com tecido amorfo (confirmado pela histopatologia). Ressonância magnética com contraste confirmou o diagnóstico. A paciente estava assintomática e o tratamento conservador foi utilizado. Seis meses após o diagnóstico, ela expeliu um material amórfo calcificado pela vagina (figura 1D-E). Outra ultrassonografia transvaginal foi realizada que não mostrou nenhuma mudança (figura 1F). VMA uterina pode apresentar hemorragia letal, sangramento uterino anormal, e em alguns pacientes pode ser assintomático. Diagnóstico e avaliações radiológicas precisas são essenciais porque a instrumentação uterina que é tipicamente utilizada pode causar hemorragia severa. O exame de imagem inicial para VMA é ultrassonografia com Doppler colorido e análise espectral, especialmente onde há baixos recursos. Tratamento inclui controle seriado com ultrassonografia na para observar a evolução e controle de sintomas. Foi sugerido que o VMA nessa configuração é um fenômeno transitório e diversos estudos propuseram que, se assintomático, devem ser realizados ultrassonografias em série até resolução. Essa conduta talvez evite intervenção desnecessária.
É com muito prazer que apresentamos os ANAIS da V Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia e da Sociedade Alagoana de Ultrassonografia. Evento que tem se consolidado como um espaço importante de discussão científica, apresentações de trabalhos, negócios e troca de conhecimentos. Um puro Saber, Sabores e Lazer.
Nessa edição, a Jornada recebeu trabalhos nas nove áreas estabelecidas, que após a avaliação de nosso comitê científico, abrilhantaram nosso evento e resultaram na constituição desses anais. Foram aprovadas 23 pesquisas divididas entre os eixos temáticos.
Agradecemos a todos os participantes, organizadores, empresas, avaliadores e convidados, pela contribuição! Continuemos ainda mais engajados na produção do conhecimento e na consolidação dessa importante JORNADA para o SBUS/SAUS, para a Maceió/Alagoas e para a sociedade de um modo geral!
Comissão Científica
Md. Gustavo Cantarelli
Md. Adilson Cunha Ferreira
Md. Antônio Carlos Moraes
Md. Rejane Maria Ferlin
Md. Leonardo Piber
Md. Marcos Cintra
Me. Victor Lemos Tenório
contato@jornadasbus.com.br