Introdução: a prática motriz na escola vai além dos momentos formais de ensino, desenvolvendo-se também em âmbito informal e autônomo. A garantia do direito à motricidade, dessa forma, perpassa não apenas pela oferta de serviços, mas também de espaços próprios e potenciais (originalmente destinados a outros fins, mas tornados possíveis após submetidos a um olhar pedagógico). Objetivo: diagnosticar os espaços próprios e potenciais para o desenvolvimento da motricidade em escolas de Manaus. Metodologia: a pesquisa é descritiva e quali-quantitativa, tendo como amostra 8 escolas de diferentes realidades administrativas (2 municipais, 2 estaduais, 2 da Política Militar e 2 particulares), selecionadas por conveniência e desde que oferecessem Ensino Fundamental I (faixa etária em que há tendência à prática motriz autônoma). O instrumento foi um roteiro de observação e registro desenvolvido ad hoc para pesquisa, tendo como base os eixos da cultura corporal (jogo/brincadeira, esporte, ginástica, dança, luta e prática de aventura). A análise foi quantitativa (totais de espaços) e qualitativa (tipos, “se” e porque” um espaço poderia ser considerado potencial). Resultados: foram identificados 30 espaços ao todo (14 próprios e 16 potenciais), o que dá uma média de 3,75 por escola (1,75 próprios e 2 potenciais). Levando-se em consideração a natureza da escola, tem-se: 13 espaços (9 próprios e 4 potenciais) nas particulares, 7 espaços (2 próprios e 5 potenciais) nas estaduais, 7 espaços (2 próprios e 5 potenciais) nas da Polícia Militar e 3 espaços (1 próprio e 2 potenciais) nas municipais. O 14 espaços próprios identificados devem ser relativizados, pois 8 deles encontravam-se em uma das escolas particulares. Somente esta escola, inclusive, apresentava espaços próprios para ginástica, dança e luta. Todos os demais espaços próprios tratavam-se de quadra poliesportiva. Os espaços potenciais eram essencialmente pátios, corredores e estacionamentos. Somente uma escola municipal não apresentou qualquer espaço próprio. A outra escola municipal foi a única em que identificou-se uma adaptação pedagógica visando a ampliação da motricidade, com pinturas de jogos e brincadeiras no chão e instalação de aros adaptados nas paredes. Conclusão: há precariedade de espaços próprios e carência de adaptação pedagógica de espaços potenciais em escolas públicas de Manaus.
É com muita satisfação que publicamos os trabalhos aprovados e apresentados no V Seminário Brasileiro de Políticas de Esporte e Lazer (SBPEL), realizado na cidade de Maringá - PR entre os dias 30 e 31 de março de 2023.
Comissão Científica
Prof. Dr. Alisson Bertão Machado (IFPR)
Profa. Ms. Andressa Peloi Bernabé (UEM / Uningá)
Profa. Ms. Fernanda GImenez Milani (Uningá)
Prof. Dr. Edson Hirata (UTFPR)
Prof. Dr. Fernando Augusto Starepravo (UEM)
Prof. Ms. João Paulo Melleiro Malagutti (UEM)
Profa. Ms. Márcia Franciele Spies (UFPR / Prefeitura de Toledo)
Prof. Dr. Rafael Octaviano de Souza (UEM / Prefeitura de Paranavaí)