Introdução: A formação inicial, sustenta-se nas premissas deliberativas designadas por meio das políticas educacionais, constituída de documentos normativos que expressam e direcionam as ações práticas e teóricas a serem desenvolvidas no Ensino Superior. Este processo evidencia-se como uma etapa fundamental para estabelecer-se reflexões, autorreflexões e constituir identidades do ser professor (FLORES, 2018). As identidades dos futuros professores, perpassam os saberes pedagógicos que se relacionam com a socialização dos sujeitos (PIMENTA, 1999). Os saberes e conhecimentos da formação inicial apresentam-se por meio do Projeto Político Pedagógico (PPC) instituído por autores/autoras e suas respectivas produções acadêmicas que compõem os atrelados ao campo de experiências e vivências política-sociais e econômicas em suas amarras estruturais e conjunturais apresentadas e trabalhadas para constituição do ser professor, suplantado por meio das mediações e práxis pedagógicas. Os currículos formativos dispõem de uma identização que representa as reproduções sociais, nesse sentido surge a seguinte indagação: Como os Projetos Políticos Pedagógicos dos cursos de educação física retratam a ausência ou a presença das relações étnico raciais de modo a privilegiar os saberes da branquitude e do eurocentrismo no processo de formação inicial? Objetivo: Identificar elementos da branquitude nos PPCs dos cursos de educação na formação inicial das instituições de ensino superior do estado de São Paulo-SP. Metodologia: A pesquisa se ampara nos pressupostos metodológicos da pesquisa qualitativa, com base na análise documental, estabelecendo-se como fonte primária os PPCs dos cursos de formação inicial em educação física. Resultados Parciais: A partir das análises nas instituições de ensino superior (USP, UNICAMP, UNESP, UFSCAR, UNIFESP e FIRA) constatou-se que apenas duas instituições em seus currículos apresentam uma disciplina que aborda a temática étnico racial, de modo optativo. Conclusão: Evidenciou-se com a análise que os cursos de formação inicial em educação carece o repensar sobre o perfil identitário dos futuros professores, uma vez que indicam nos seus PPCs resquícios de currículos que perpetuam uma identidade eugenista, fortalecendo o discurso do branqueamento e invisibilizando o trato das relações étnico raciais, deslegitimando os estabelecidos nas Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08, evidenciando propositivas curriculares carentes de reflexões que propiciem uma formação plural e representativa.
É com muita satisfação que publicamos os trabalhos aprovados e apresentados no V Seminário Brasileiro de Políticas de Esporte e Lazer (SBPEL), realizado na cidade de Maringá - PR entre os dias 30 e 31 de março de 2023.
Comissão Científica
Prof. Dr. Alisson Bertão Machado (IFPR)
Profa. Ms. Andressa Peloi Bernabé (UEM / Uningá)
Profa. Ms. Fernanda GImenez Milani (Uningá)
Prof. Dr. Edson Hirata (UTFPR)
Prof. Dr. Fernando Augusto Starepravo (UEM)
Prof. Ms. João Paulo Melleiro Malagutti (UEM)
Profa. Ms. Márcia Franciele Spies (UFPR / Prefeitura de Toledo)
Prof. Dr. Rafael Octaviano de Souza (UEM / Prefeitura de Paranavaí)