Padrões de sobreposição de nicho trófico de abelhas-sem-ferrão (Hymenoptera: Apidae: Meliponini) em áreas rurais e urbanas na região Sul do Brasil

  • Autor
  • Amanda Garçoa Raulik
  • Co-autores
  • João Marcelo Deliberador Miranda
  • Resumo
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    As abelhas são frequentemente lembradas como protagonistas do serviço ecossistêmico de polinização, sendo um dos principais grupos polinizadores de angiospermas. No Brasil, a fauna de abelhas é de quase 2 mil espécies. As abelhas-sem-ferrão estão representadas por 538 espécies distribuídas em diversos gêneros, sendo encontradas em regiões tropicais e subtropicais. A Mata Atlântica é a segunda maior floresta tropical do mundo, mas as mudanças climáticas, perda e descaracterização de habitats e urbanização são as principais ameaças às abelhas-sem-ferrão. As abelhas-sem-ferrão são forrageiras generalistas e em um meliponário, onde há alta densidade de espécies, pode haver partilha de recursos que leve a escassez acarretando na perda da produção. Além disso, a cobertura de floresta e ambientes antrópicos na paisagem são fatores importantes para a conservação das abelhas. Compreender os padrões de sobreposição de nicho trófico de espécies coexistentes em um meliponário é fundamental para estabelecer estratégias de manejos para pequenos produtores e conservação. A área de estudo é na região Centro-Sul do Paraná, concentrada nos municípios de Guarapuava e Prudentópolis, tendo 6 sítios amostrais, 3 meliponários urbanos e 3 meliponários rurais. Foram selecionadas 10 espécies de abelhas-sem-ferrão, endêmicas da Mata Atlântica e comumente criadas juntas em meliponários. As coletas de conteúdo polínico serão mensais, e serão coletados conteúdo de 5 indivíduos por espécie em cada campanha de campo, totalizando 50 amostras por meliponário. As amostras passarão pelo processo de acetólise e serão triadas e identificadas com auxílio de especialistas e plataformas virtuais. Para compreender qual variável preditora melhor explica a sobreposição de nicho trófico, será feita uma análise de Modelos Lineares Generalizados, em que as variáveis preditoras serão: tamanho, coloração, distância filogenética, variáveis de paisagem, altitude, temperatura, nº de colônias do meliponário e nº de espécies do meliponário. As análises serão feitas em ambiente R. A caracterização de nicho trófico será feita mediante dados de riqueza (S) e largura de nicho (ID Shannon-Wiener), e das redes de interação serão obtidas as métricas de conectância, aninhamento ponderado e especialização em nível de comunidade.

     

  • Palavras-chave
  • Nicho trófico; Pólen; Variáveis de paisagem; Meliponário.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Evolução e Sistemática
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  • Comportamento Animal
  • Conservação da Fauna
  • Evolução e Sistemática
  • Zoologia Aplicada

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