Introdução: A lei 7.716 de 1989 define como crime preconceitos de cor ou raça e, apesar das tentativas de erradicação do racismo, esta ainda é uma problemática enraizada na cultura brasileira. A cultura racista e excludente fez com que ao longo dos séculos, a sociedade buscasse um processo de “embranquecimento”, na tentativa de negação da cor negra. Objetivo: Analisar o processo autoidentificação da raça negra dentro do contexto racista. Metodologia: Revisão integrativa de artigos retirados da base de dados Scielo, utilizando os descritores: Autoidentificação; População Negra, combinados entre si e os operadores booleanos: AND. Foram encontrados 25 artigos, sendo utilizados 2, 1 lei e 1 livro. Resultados: A opressão social racista exercida sobre a população negra gerou uma busca para esconder os traços afrodescendentes. Esse processo fez com que o ser passasse a não se enxergar como negro para sentir-se pertencente à cultura expressa por padrões, gerando autonegação. Observa-se isso em um estudo comparativo de declarações de raça entre os anos de 1991 e 2000 realizado pelo IBGE em 2002, que aponta o crescimento de quase 40% da população negra em contraste a redução de 17% da população branca, o que leva a acreditar no aumento da autoidentificação da população negra devido a desconstrução cultural gradual na contemporaneidade. Conclusão: A autoidentificação negra se perdeu dentro da busca por pertencimento à uma sociedade padrão ou do próprio preconceito pessoal de autonegação, porém, com o passar do tempo e a desconstrução sociocultural, o autoreconhecimento como ser negro está em crescimento.
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