O artigo analisa os sistemas de governança da Internet no Brasil e na União Europeia, abordando políticas públicas para garantia de soberania digital, por meio de dispositivos legais de enfrentamento à desinformação e ao discurso de ódio nas redes sociais. Estudam-se os níveis de responsabilidade civil das plataformas na disseminação de conteúdos extremistas, negacionistas e danosos. No ambiente de guerra híbrida, investiga-se o grau de contribuição das big tech na corrosão da cidadania e dos direitos humanos.
Diante de extremismos e crises midiáticas (Hafez; Mullins, 2015; Empoli, 2024, Martins, 2020), observam-se indicadores de que as redes sociais foram capturadas e instrumentalizadas por grupos políticos e financeiros. É preciso criar um sistema de governança que regulamente as plataformas digitais, prevenindo e combatendo – dever de cuidar – a violência simbólica e o discurso de ódio nas redes sociais (Sponholz, 2020). O enfrentamento à desinformação passa por mudanças na arquitetura econômica das big tech e na consolidação de uma legislação avançada, que fortaleça a integridade da informação em uma rede efetivamente democrática, soberana e respeitadora dos direitos humanos.
Comissão Organizadora
Ulepicc-Brasil
Comitê Científico
Anderson David Gomes dos Santos (UFAL)
Aianne Amado Nunes da Costa (USP/UFS)
Ana Beatriz Lemos da Costa (UnB)
Arthur Coelho Bezerra (IBICT/UFRJ)
Carlos Eduardo Franciscato (UFS)
Carlos Peres de Figueiredo Sobrinho (UFS)
César Ricardo Siqueira Bolaño (UFS)
Chalini Torquato Gonçalves de Barros (UFRJ)
Eloy Santos Vieira (UFS)
Fernando José Reis de Oliveira (UESC)
Florisvaldo Silva Rocha (UFS)
Helena Martins do Rêgo Barreto (UFC/UFS)
Janaine Sibelle Freires Aires (UFRN)
Manoel Dourado Bastos (UEL)
Marcelo Rangel Lima (UFS)
Rafaela Martins de Souza (Universidade de Coimbra)
Renata Barreto Malta (UFS)
Rodrigo Moreno Marques (UFMG)
Rozinaldo Antonio Miani (UEL)
Verlane Aragão Santos (UFS)