ESTUDO DOS ENCAMINHAMENTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À URGÊNCIA – O QUE CHEGA NA UBS E VAI PARA A UPA.

  • Autor
  • Caio Ribeiro Melki
  • Co-autores
  • Marcelo Pellizzaro Dias Afonso
  • Resumo
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    Introdução: A sobrecarga dos serviços de urgência e das redes de saúde é um grande desafio. O papel da atenção primária à saúde (APS) no acolhimento e primeira abordagem dos pacientes com queixa aguda de sua área de abrangência pode ser muito importante no enfrentamento deste problema. A APS pode melhorar a qualidade do atendimento, bem como reduzir a sobrecarga das unidades de urgência. Entretanto, para exercer tal papel adequadamente, precisa estar munida de recursos humanos e estruturais suficientes. Para traçar medidas nesta direção, é preciso primeiramente entender e detalhar a demanda de urgência e emergência que atinge à APS.

     

    Objetivo: Entender o perfil diagnóstico dos pacientes encaminhados da atenção primária para a urgência em uma regional de saúde do SUS. Desta forma, oferecer informações para o planejamento estratégico do fortalecimento e ampliação da atenção básica e da rede de saúde.

     

    Metodologia: Foram analisados dados de encaminhamentos das UBS para a UPA da Regional Barreiro em Belo Horizonte – Minas Gerais de 01/01/22 a 31/12/2022. As hipóteses diagnósticas foram padronizadas em CID-10. Foi analisada então a frequência de cada hipótese diagnóstica individualmente, por grupo e a frequência de hipóteses relacionadas a quadros críticos.

     

    Resultados: Foram encontrados registros de 3299 encaminhamentos feitos no ano de 2022. Observou-se maior frequência de afecções respiratórias (25,77%), doenças do aparelho circulatório (18,4 %), doenças do aparelho digestivo (13,28%), e lesões por causas externas (10,03%). Foram encontradas 251 diferentes hipóteses diagnósticas, mas as 69 mais comuns representaram 90% da amostra. Por fim, na análise da frequência dos quadros críticos, como suspeita de SCA e outras

    emergências, verificou-se a frequência somada de 15,49% e número total de casos de 511.

     

    Conclusão: Os quadros mais comuns que geram encaminhamentos da APS para a emergência são: respiratórios, circulatórios, digestivos e consequências de causas externas. A minoria das condições observadas é responsável pela grande maioria dos encaminhamentos. Dentre esses quadros, há diagnósticos que poderiam ser manejados adequadamente na APS. Há uma proporção considerável de quadros críticos na amostra. Os achados, portanto, sugerem a necessidade de melhor capacitação da APS: tanto para ser mais resolutiva em quadros cujo manejo cabe a este nível de atenção, quanto para oferecer primeiro atendimento e encaminhamento adequados em quadros de emergência potencialmente ameaçadores a vida.

  • Palavras-chave
  • Atenção Primária a Saúde; Urgência e Emergência na APS
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 5 - Atualizações clínicas e Educação Continuada sensíveis à MFC
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  • Eixo 1 - A resolubilidade na assistência além das 4 paredes do consultório
  • Eixo 2 - Potencialidades nos processos de trabalho: diálogos multiprofissionais para o fortalecimento da APS
  • Eixo 3 - Ensino-aprendizagem: preceptoria, docência, letramento e educação
  • Eixo 4 - Recursos de abordagem: o que significa ser integral?
  • Eixo 5 - Atualizações clínicas e Educação Continuada sensíveis à MFC