INTRODUÇÃO
A idade escolar é constituída por descobertas que afetam aspectos biopsicossociais e possui demandas que podem predispor crianças e adolescentes a fatores de risco à saúde. Paralelamente, percebe-se que, no Brasil, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) enfrenta dificuldades na prestação de cuidado integral aos escolares por meio de abordagens diferenciadas e atrativas. Nesse contexto, a extensão universitária configura um elo entre o conhecimento acadêmico e a realidade social, e possibilita uma relação entre a universidade e a comunidade nessa faixa etária.
OBJETIVO
Avaliar informações na literatura sobre a eficácia de projetos de extensão universitários na promoção de saúde para pessoas no contexto escolar, considerando aspectos como o formato das atividades e a experiência dos extensionistas e dos educandos.
METODOLOGIA
Trata-se de revisão integrativa de artigos que foram selecionados na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde pelos critérios: em português, publicados nos últimos 10 anos, pesquisando-se pelas palavras-chave “ação universitária” e “saúde escolar”. Foram encontrados 38 artigos, excluíram-se aqueles que não se relacionavam com o tema pelo título, restando 9 publicações.
RESULTADOS
Todos os artigos relataram o envolvimento de crianças e adolescentes que iniciavam as atividades dos projetos de extensão com ideias estigmatizadas acerca dos temas em saúde abordados. Alguns deles foram: saúde bucal, prevenção de ISTs, gravidez na adolescência e saúde mental. Nesse cenário, a aplicação dos programas pelos discentes universitários tem o objetivo de levar informação e desmistificar crenças socialmente construídas. Tais atividades variam, geralmente, entre dinâmicas “quebra gelo”, rodas de conversa e oficinas, sendo as mais lúdicas e expositivas para as crianças, e para os adolescentes, as que mediam reflexão e compartilhamento de vivências.
Assim, os escolares expandem conhecimentos, organizam pensamentos e aproximam o conteúdo apresentado pelas ações de extensão a situações cotidianas. Isso permite que os extensionistas se aproximem da realidade das crianças e adolescentes e cria um espaço de fala e atuação eficazes.
CONCLUSÕES
Conclui-se, com base na reação positiva dos universitários e dos escolares relatada nos artigos, que esses projetos de extensão criam um ambiente propício para a desmistificação do processo de cuidar e reforça os indivíduos nessa faixa etária como protagonistas, tornando-os mais aptos ao autocuidado. O estreitamento de vínculos entre a universidade e a comunidade escolar permite acolher as demandas dos jovens e oportuniza a atuação conjunta com a ESF. Não foram encontrados dados estatísticos relevantes nos artigos pesquisados, o que reitera a necessidade de mais pesquisas nessa área.