Segundo o censo do IBGE de 2022, os idosos representavam 10,9% da população brasileira, cerca de 22,2 milhões de habitantes. Dessa forma, é imprescindível que a sociedade esteja preparada para abarcar a população idosa, visando manter sua funcionalidade, associado a qualidade de vida e erradicação dos estigmas sobre esse grupo etário. Logo, o papel da universidade é de grande importância para descontinuidade do etarismo. Portanto, a troca de experiência com os alunos em formação contribui para ruptura da discriminação, reforçando a autonomia e independência do idoso. O projeto teve elaboração mediante uma universidade de Medicina de Minas Gerais, que promove educação popular e maior integração dos estudantes com os idosos, já que representam uma parcela significativa da comunidade que carece envolvimento social. Com isso, o contato direto entre acadêmicos e a classe senil permite rica troca de experiências, enaltecendo o melhor de cada geração. O programa ocorre por meio de cronograma, que viabiliza atividades gratuitas durante a semana e envolve os alunos do curso de Medicina e os idosos inscritos. Nesse sentido, as atividades englobam ensino, lazer e promoção à saúde. Diante disso, a universidade fornece aulas de inglês ministradas pelos discentes, aulas de informática, oficinas de jogos, artesanato, bordado e dança. Ademais, existem seminários sobre direito do idoso, oportunizando conhecimento sobre leis e acesso aos serviços jurídicos, e avaliação funcional, abrangendo desde a cognição até os impactos físicos, permitindo realizar orientações direcionadas. Cerca de 100 idosos já participaram do projeto, com início em 2022. A porcentagem de idosos que permaneceram ativos é de 60% e a avaliação tem sido positiva, já que os inscritos elogiam constantemente. Ao encerramento do semestre, ocorre um encontro que permite a exposição das experiências individuais. Atualmente, o projeto possui 60 idosos. Como visto, o programa consegue realizar maior interação entre idosos e alunos por meio de suas atividades, contribuindo para momentos com tempo de qualidade de abordagem integral do idoso. Além disso, a inclusão da sociedade na universidade é importante na construção da formação médica, por associar a prática clínica e o conhecimento teórico ao cuidado centrado no indivíduo.