ABORDAGEM DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • LUIZ RUGERO MARCATTO DO CARMO
  • Co-autores
  • Lívia Fernandes Monteiro da Mata , Mariana Guedes Otoni , Lucas Teixeira Leandro
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento que afeta a capacidade de comunicação e interação social. A detecção precoce e o acompanhamento adequado são essenciais para garantir o melhor desenvolvimento e qualidade de vida. A Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha papel fundamental na identificação, encaminhamento e suporte às famílias que lidam com o autismo infantil, proporcionando acesso a serviços multiprofissionais, orientação sobre fármacos, acompanhamento no desenvolvimento da criança e apoio aos familiares. É extremamente importante que profissionais de saúde estejam capacitados para lidar com crianças no TEA. OBJETIVO: Avaliar como é realizada a assistência de pacientes com transtorno do espectro autista na APS. METODOLOGIA: Revisão integrativa de literatura nas bases LILACS, PUBMED e SciELO, em 04/2024, descritores “autismo infantil”, “atenção primária à saúde”. Selecionamos 6 artigos com critérios de inclusão estabelecidos para o estudo. RESULTADOS: TEA é tipicamente diagnosticado na infância, se manifesta através de comportamentos e interesses repetitivos, dificuldades na interação social e na comunicação verbal e não verbal que resultam em impacto no desenvolvimento da criança. Em 2014, o Ministério da Saúde implementou orientações relacionadas à assistência à criança com TEA, visando viabilizar a integração, reabilitação psicossocial, fluxograma de acompanhamento e acolhimento nas Redes de Atenção. A APS é responsável pela promoção à saúde e redução de agravos, e isso ocorre através de ações integradas com os demais serviços da rede, como o Núcleo de Ampliado à Saúde da Família e a Rede de Atenção Psicossocial. Para que haja cuidado integral, são necessárias estratégias de treinamento de profissionais, equipamentos especializados de referência e fluxos de medicamentos. Estudos apontam que os desafios enfrentados pelas crianças autistas e suas famílias incluem o funcionamento e integração da rede de atenção à saúde, bem como baixa capacitação dos profissionais de saúde. Dessa forma, o cuidado encontra-se fragilizado em relação a assistência da criança autista, tanto na detecção precoce do diagnóstico, quanto no acompanhamento após o diagnóstico. CONCLUSÃO: Identificar precocemente o espectro autista e intervir logo no início, visando aprimorar a cognição, afetividade e comportamento da criança, é fundamental. No entanto, a falta de conhecimento, capacitação e suporte dos demais serviços da rede representam desafios para a equipe multiprofissional que atua na APS. É imprescindível que os gestores intervenham para fortalecer a capacitação desses profissionais, a fim de implementar estratégias que promovam a integração entre os serviços, melhorando o cuidado prestado às pessoas com autismo.

  • Palavras-chave
  • autismo, transtorno do espectro autista, multiprofissional, atenção primária à saúde
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 2 - Potencialidades nos processos de trabalho: diálogos multiprofissionais para o fortalecimento da APS
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  • Eixo 1 - A resolubilidade na assistência além das 4 paredes do consultório
  • Eixo 2 - Potencialidades nos processos de trabalho: diálogos multiprofissionais para o fortalecimento da APS
  • Eixo 3 - Ensino-aprendizagem: preceptoria, docência, letramento e educação
  • Eixo 4 - Recursos de abordagem: o que significa ser integral?
  • Eixo 5 - Atualizações clínicas e Educação Continuada sensíveis à MFC