Introdução: A música pode ter efeitos positivos no bem-estar emocional, cognitivo e físico das pessoas além de promover a interação social e estimular a memória. Nesse sentido, presume-se que a musicoterapia pode beneficiar pacientes com Doença de Alzheimer e de Parkinson uma vez que permite o contato com estímulos sensoriais capazes de promover efeitos neurológicos positivos.
Objetivo: Este estudo tem como objetivo examinar e discutir os dados científicos existentes sobre benefícios da musicoterapia como tratamento alternativo em pacientes com Doença de Alzheimer e Parkinson.
Metodologia: Trata-se de um artigo de revisão integrativa da literatura, onde foram utilizados 09 artigos dos 14 encontrados nas bases de dados previamente estabelecidas. Decorreu-se a inclusão de estudos publicados entre os anos de 2018 e 2023, encontrados no PubMed, Cochrane, Lilacs, Scielo e Medline. Os idiomas escolhidos para a pesquisa foram o português e o inglês. As palavras “Musicoterapia”, “Doença de Parkinson” e “Doença de Alzheimer” foram selecionadas como descritores. Os materiais encontrados sofreram uma análise detalhada, e dentre eles os selecionados continham informações pertinentes para o assunto em questão. Deu-se por excluídos os que evadiram o tema, os que possuíam tempo de publicação superior a 5 anos.
Resultados: Os resultados apontaram a relevância do uso da musicoterapia na abordagem terapêutica complementar e não farmacológica, como a melhoria da sociabilidade, humor, tomada de decisões, orientação, linguagem e irritabilidade, além de benefícios cognitivos e motores, de pessoas com Doença de Alzheimer e Parkinson. Além disso, os dados obtidos apontam que a musicoterapia constitui-se como um tratamento de baixo custo, de natureza não invasiva e de fácil aplicabilidade, mas ressaltam a importância da realização de mais estudos nesta área buscando aprofundamento sobre o tema.
Conclusão: A musicoterapia deve ser considerada de maneira complementar para o tratamento de doenças neurodegenerativas como o Parkinson e o Alzheimer. Há a necessidade de que mais pesquisas sobre a ação da musicoterapia sobre pacientes com doenças neurodegenerativas sejam realizadas com o objetivo de complementaridade e aprofundamento do tema, para que se possa compreender o efeito desta terapia sobre a fisiologia humana.