SAÚDE LGBTQIAP+: EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA TRANSFORMAR O SISTEMA

  • Autor
  • CÍNTIA CATÃO
  • Co-autores
  • Beatriz Gomes Dalla Justina , Giovanna Garcia de Oliveira , Maria Clara Silva Mendes , Vitória Soares Silveira Braz
  • Resumo
  • Introdução

    A luta por direitos da população LGBTQIAP+ é antiga, e o fato de ainda se ter muito a desenvolver demonstra que a sociedade está longe de acolher adequadamente as demandas desse grupo. No âmbito da saúde, há políticas públicas criadas com o objetivo de inserir esses sujeitos no sistema, mas a adesão destes nem sempre acontece como seria esperado, e questiona-se o motivo dessa problemática.. Considerando que uma parte muito importante disso está diretamente ligada a como se dão as relações interpessoais frente aos tabus erigidos na sociedade, importa que haja preocupação em educar os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) para que saibam acolher os corpos LGBTQIAP+.

    Objetivo

    Objetiva-se compreender como as relações e os tabus sociais interferem na adesão de sujeitos LGBTQIAP+ ao Sistema Único de Saúde (SUS) e como é possível melhorar esse cenário.

    Descrição da experiência

    Este trabalho advém de um projeto realizado por acadêmicos de Medicina de uma Universidade Federal (UF) que visava 15 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de uma cidade do interior de Minas Gerais por meio do qual, inicialmente, buscou-se mapear manifestações de preconceito de profissionais de saúde desses locais. Isso foi feito durante encontros com Agentes Comunitários de Saúde, técnicos e outros trabalhadores utilizando-se de oficinas de grupo em que o diálogo foi iniciado por disparadores ? como manchetes e questionários anônimos contendo mitos e verdades sobre a população LGBTQIAP+ ? a fim de acender a disposição afetivo-emocional dos participantes para a tarefa.

    Resultados

    As manifestações de preconceito dos profissionais de saúde mostraram grande desconhecimento destes acerca da realidade da população LGBTQIAP+. Da pré-concepção de performatividade de gênero até a associação da bissexualidade com “falta de caráter” e “perversão”, observa-se que o construto social que se impõe sobre aqueles que deveriam acolher os sujeitos mais vulneráveis torna os profissionais mal capacitados para facilitar a adesão destes ao SUS. Ainda, é importante ressaltar que houve resistência em alguns espaços ? mesmo tendo sido contatados pelos integrantes do grupo e pela Secretaria de Saúde previamente ? impossibilitando que todas as UBS pretendidas fossem visitadas.

    Conclusão

     

    O preconceito ainda pesa para que os corpos LGBTQIAP+ não ocupem os espaços de saúde da maneira a que têm direito, demonstrando que processos de educação continuada voltados aos profissionais de saúde devem ser implementados cada vez mais no SUS.

  • Palavras-chave
  • Saúde LGBTQIAP+. Educação Continuada. Atenção Primária à Saúde.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 3 - Ensino-aprendizagem: preceptoria, docência, letramento e educação
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  • Eixo 1 - A resolubilidade na assistência além das 4 paredes do consultório
  • Eixo 2 - Potencialidades nos processos de trabalho: diálogos multiprofissionais para o fortalecimento da APS
  • Eixo 3 - Ensino-aprendizagem: preceptoria, docência, letramento e educação
  • Eixo 4 - Recursos de abordagem: o que significa ser integral?
  • Eixo 5 - Atualizações clínicas e Educação Continuada sensíveis à MFC