MCCP NO ATENDIMENTO À PESSOA PRIVADA DE LIBERDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Autor
  • CÍNTHIA EMANUELLE DA COSTA SOUSA
  • Co-autores
  • Luiz Antônio Pinto
  • Resumo
  •  

    Introdução: O ensino das habilidades de comunicação clínica na graduação médica tem no Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) uma referência crucial para o desenvolvimento de competências. Embora seja comum que estudantes adotem a anamnese tradicional, o MCCP supera limitações do modelo biomédico ao abordar necessidades psicossociais negligenciadas em pessoas privadas de liberdade (PPL). Isso implica em explorar o adoecimento de forma mais completa, construir vínculos sólidos com os pacientes, melhorar a adesão ao tratamento, identificar problemas ocultos e promover a saúde, com benefícios notáveis para essa população. Objetivo: Este trabalho objetiva-se a mostrar a importância da aplicação do MCCP no atendimento médico às PPL. Descrição da experiência: Cursando a disciplina "Cuidado Integral à Saúde do Adulto e Trabalhador", estudantes do 5º período do curso de Medicina de uma universidade localizada em Minas Gerais, participaram de atendimentos médicos às PPL em um município do estado. Sob supervisão docente, os alunos foram incentivados a empregarem o MCCP nas entrevistas clínicas com as PPL, o qual, embora conhecido, ainda não era amplamente utilizado. No início houve dificuldades e desconforto, mas, ao longo do semestre, notável evolução. A partir da metade do período, os atendimentos já se destacavam por fluidez e empatia na relação médico-paciente, resultando em satisfação de ambas as partes e experiências enriquecedoras, enfatizando a importância da humanização nas relações interpessoais. Resultados: Os direitos sociais, assegurados pela Constituição Federal, não são igualmente distribuídos na sociedade brasileira. Pessoas privadas de liberdade enfrentam maior vulnerabilidade social, prejudicando sua saúde física e mental. O modelo biomédico negligencia aspectos psicossociais, tornando necessários uma abordagem centrada no paciente e treinamento médico adequado. Parte superior do formulárioConclusão: As pessoas privadas de liberdade enfrentam maior vulnerabilidade social, impactando sua saúde física e mental. Outrossim, a medicina centrada na doença historicamente negligenciou necessidades psicossociais, fazendo-se necessárias abordagem centrada no paciente e formação médica apropriadas. O ensino das habilidades de comunicação clínica na graduação médica tem no Método Clínico Centrado na Pessoa uma referência crucial para o desenvolvimento dos novos profissionais.

  • Palavras-chave
  • Método Clínico Centrado na Pessoa, Pessoas Privadas de Liberdade, Formação Médica, Habilidades de Comunicação, Integralidade
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 4 - Recursos de abordagem: o que significa ser integral?
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  • Eixo 1 - A resolubilidade na assistência além das 4 paredes do consultório
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  • Eixo 3 - Ensino-aprendizagem: preceptoria, docência, letramento e educação
  • Eixo 4 - Recursos de abordagem: o que significa ser integral?
  • Eixo 5 - Atualizações clínicas e Educação Continuada sensíveis à MFC