INTRODUÇÃO
Cuidados paliativos visam aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida, ressaltando a atuação interprofissional para o cuidado centrado na pessoa.
OBJETIVOS
Analisar impactos do cuidado paliativo interprofissional nos diferentes contextos em saúde.
MÉTODO
Tratou-se de uma revisão integrativa com buscas realizadas nas bases PubMed, BVS e Scopus. A busca padrão usada foi (“interprofessional” OR “multidisciplinary” OR “multiprofessional” AND “palliative care”). A seleção foi independente e realizada por três avaliadores que usaram os mesmos critérios de elegibilidade. Não houve restrição de idiomas. Foram incluídos estudos dos últimos 5 anos sobre as formas colaborativas de cuidado paliativo extra-hospitalar, excluindo revisões de literatura e abordagens exclusivamente médicas ou farmacêuticas; inicialmente foram analisados os títulos, posteriormente os resumos e finalmente os textos integrados. Os resultados foram organizados em tabelas, utilizando o Excel.
RESULTADOS
A busca padrão revelou 4920 artigos. Com a aplicação dos filtros: 45 resultados. A amostra final foi de 13 estudos que cumpriram com os critérios de inclusão. Estes foram agrupados em grupos de estudos quantitativos (n=3) e qualitativos (n=10). A maioria dos artigos incluídos na pesquisa contaram com uma base longitudinal retrospectiva (n=10), havendo estudos descritivos (n=1) e estudos de base transversal (n=2). Dentre os incluídos, evidenciam-se trabalhos de diversos países, como Estados Unidos (46%), Finlândia (23%), Ucrânia (7%), Espanha (7%), China (7%) e Inglaterra (7%). No desfecho, classificaram-se por grau de evidência científica, em ordem decrescente. 84% dos estudos mostraram vantagens em cuidados paliativos interprofissionais, salientando viabilidade e custo-benefício; 16% demonstraram não haver diferenças significativas entre as formas de cuidados.
Um estudo britânico revelou que pacientes em cuidados paliativos extra-hospitalares experimentaram menos sofrimento e custaram menos, comparativamente ao tratamento convencional. Destaca-se a importância do cuidado integrado perante a escassez de medicamentos: nos EUA, uma equipe colaborativa gerenciou eficazmente a falta de Lorazepam. Outrossim, a terapia de tranquilização coletiva reduziu ansiedade e depressão em pacientes terminais com câncer, independentemente de idade ou sexo. Na pediatria, equipes interprofissionais de cuidados paliativos mostraram-se cruciais, apesar dos desafios do financiamento restrito. Na Ucrânia, educação em saúde aumentou a adesão aos cuidados paliativos, mas a documentação eletrônica ainda é uma questão. Diversos artigos destacam a importância da comunicação efetiva entre profissionais de saúde para cuidados centrados no paciente.
CONCLUSÃO
A maioria dos estudos favoreceu o tratamento paliativo interprofissional, destacando viabilidade, eficácia e custo-benefício superiores em comparação à enfermagem de rotina, com impactos positivos em indicadores de saúde.