Afirmação de gênero: descomplicando o atendimento na APS a partir de relatos de dois médicos de família e comunidade em formação.

  • Autor
  • Mariana Luiza Lewergger Borges
  • Co-autores
  • Rodrigo Netto Armando Rangel
  • Resumo
  • Este trabalho trata sobre a experiência de dois médicos residentes em Medicina de Família e Comunidade no atendimento à população em processo de afirmação de gênero no contexto da atenção primária do Rio de Janeiro. 

     

    Diante do exposto, o objetivo foi narrar, por meio de um relato de experiência do acompanhamento da população trans, a vivência de dois médicos em dois cenários diferentes - Rocinha e Gávea, durante os dois anos de atuação na atenção primária à saúde. Com isso, buscou-se se aprofundar na problemática da construção sócio-cultural-histórica de gênero e como ela é apropriada dentro da medicina que ambos estavam inseridos.

     

    Adotou-se neste trabalho uma metodologia qualitativa e exploratória, a partir da soma dos diários de campo das consultas realizadas pelos autores da pesquisa com os pacientes trans que frequentaram as unidades de saúde durante o ano de 2021, para a construção de um relato de experiência. A partir disso, iniciou-se um debate dentro da equipe técnica de cada local de trabalho, o que envolveu não apenas os autores principais, mas também colegas das respectivas equipes, o que foi incluído na descrição da experiência.

     

    Por fim, o estudo ajudou a elucidar que as identidades de ge?neros são mu?ltiplas e indefinidas, e que isso na?o torna o debate uma abstrac?a?o ou algo ino?cuo. Uma sigla, LGBTTTQQIIAACPPFF2K+, que nunca acaba ou que sempre aumenta na?o torna o debate distante ou desinteressante por ser acusado de ser extenso demais. Assim, como as outras cie?ncias continuam se movendo no tempo, os estudos de ge?nero e sexualidade tambe?m o fazem e se legitimam independente da sociedade conservadora acompanha?-lo ou na?o, ja? que tal entendimento significa a compreensa?o daquilo que e? a humanidade em si mesma. E nós, como médicos de família e comunidade, temos a responsabilidade social de trazer essas pessoas à visibilidade e cuidar para que os determinantes sociais não estigmatizem e afastem ainda mais essas pessoas do cuidado à saúde.

     

  • Palavras-chave
  • Atenção Primária à Saúde, Sistema Único de Saúde, Minorias Sexuais e de Gênero, Medicina de Família e Comunidade.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 4 - Recursos de abordagem: o que significa ser integral?
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  • Eixo 1 - A resolubilidade na assistência além das 4 paredes do consultório
  • Eixo 2 - Potencialidades nos processos de trabalho: diálogos multiprofissionais para o fortalecimento da APS
  • Eixo 3 - Ensino-aprendizagem: preceptoria, docência, letramento e educação
  • Eixo 4 - Recursos de abordagem: o que significa ser integral?
  • Eixo 5 - Atualizações clínicas e Educação Continuada sensíveis à MFC