RELATO DE ESTRUTURAÇÃO DE ESTÁGIO PRÁTICO EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

  • Autor
  • Artur Oliveira Mendes
  • Co-autores
  • Alberto Nogueira Veiga , Bruna Calado Pena , Filipe Malta dos Santos , Joanna d’Arc Batista Pedrolongo
  • Resumo
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    Introdução: A medicina de família e comunidade (MFC) apenas recentemente tem ganhado espaço nas faculdades de medicina e as experiências de implantação de disciplinas precisam ser compartilhadas em busca do encontro de seu papel na formação de médicos. Objetivo: descrever experiência da prática em Unidades Básicas de Saúde (UBS) em MFC de uma faculdade privada. Descrição da experiência: a disciplina MFC I foi implantada no primeiro semestre de 2020 no sétimo período da graduação em medicina com proposta de no segundo semestre deste ano ser ofertada a MFC II no oitavo período, inicialmente como disciplinas teóricas. A dificuldade para viabilizar o estágio prático, que perpassava desde questões de infraestrutura nas UBS, até a disponibilidade de docentes para supervisão dos acadêmicos, foram superadas em 2022, quando foi iniciado o estágio prático. Foi organizado com professor médico de família e comunidade supervisionando grupo de até seis alunos durante quatro horas quinzenalmente.  Os alunos atendem as mais variadas demandas no contexto de uma UBS de acordo com as atribuições de um MFC, sob a supervisão. A nota do aluno no estágio prático corresponde a 40% do valor total e é composta por: autoavaliação, avaliação de consultas, avaliação conceitual e uso de um estudo de caso por meio da metodologia SCRIPT. Resultados: Já em seu quarto ano, a disciplina conta com o entusiasmo dos alunos, ávidos por realizar atendimentos. O desconhecimento ou conceitos pré-formados sobre o trabalho na Atenção Primária gera reflexões, permitindo uma visão ampliada sobre o funcionamento da rede de atenção à saúde municipal. Uma vez que sua estadia depende de organização de agenda e salas, não foi possível definir um padrão de rotinas de atividades. O uso do SCRIPT como forma de avaliação permitiu discutir casos à partir do arsenal da medicina de família e comunidade, mas seu processo, trabalhoso e comprimido na rotina dos alunos, prejudicou seu uso, sendo então abandonado. A dificuldade para realizar a avaliação prática de atendimentos tem levado à busca de modelos. Conclusões: A introdução do estágio prático em MFC II permitiu uma maior compreensão da atuação do MFC e do papel da APS no sistema de saúde. Contudo, para maior efetividade da inserção ensino-serviço-comunidade faz-se necessário a melhoria das instalações e maior participação dos gestores locais, comunidade, docentes e discentes na elaboração de um plano que vise a integração dos alunos às equipes e uniformidade de rotinas e avaliações entre as turmas.

  • Palavras-chave
  • estágio, docência, atenção primária
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 3 - Ensino-aprendizagem: preceptoria, docência, letramento e educação
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  • Eixo 1 - A resolubilidade na assistência além das 4 paredes do consultório
  • Eixo 2 - Potencialidades nos processos de trabalho: diálogos multiprofissionais para o fortalecimento da APS
  • Eixo 3 - Ensino-aprendizagem: preceptoria, docência, letramento e educação
  • Eixo 4 - Recursos de abordagem: o que significa ser integral?
  • Eixo 5 - Atualizações clínicas e Educação Continuada sensíveis à MFC