O EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA VOLUNTÁRIA E DA DIETA HIPROTEICA MATERNA SOBRE A EXPRESSÃO DE FATORES TRÓFICOS PLACENTÁRIOS E NEURAIS DOS FETOS

  • Autor
  • Natálya Soares de Miranda
  • Resumo
  • Introdução: Atividade física e nutrição materna são estímulos ambientais que podem alterar a trajetória de crescimento e desenvolvimento da prole. No presente estudo, investigamos o efeito da atividade física e da dieta hipoproteica materna sobre o nível de expressão gênica de BDNF, NTF4 (NT-4), NTRK2 (TrkB), IGF-1 e IGF-1r na placenta e no cérebro dos fetos. Metodologia: Ratas da linhagem Wistar (n=20) foram alojadas individualmente em gaiolas de atividade física voluntária, contendo roda de corrida. Nessas gaiolas foram acoplados ciclocomputadores que permitiram o registro da distância percorrida, estimativa do gasto calórico e tempo de atividade. As ratas passaram por um período de adaptação (30 dias), recebendo neste período dieta de manutenção (AIN-93M). Posteriormente, foram classificadas de acordo com o nível diário de atividade física em: Inativas (n=11) e Ativas (n=9). Após detecção da prenhez, metade de cada grupo experimental recebeu dieta normoproteica (18% proteína) e a outra metade recebeu dieta hipoproteica (8% proteína) durante o período de gestação. No 20º dia de gestação, foram coletados a placenta e cérebro dos filhotes para análise de expressão gênica utilizando a técnica de PCR quantitativo. Resultados e discussões: Nossos resultados demonstraram que a dieta hipoproteica durante a gestação provocou: redução na expressão de IGF-1 na placenta e redução na expressão de IGF-1r e NTRK2 (TrkB) no cérebro dos filhotes. Vimos que a prática de atividade física materna antes e durante a gestação foi capaz de tamponar os efeitos da dieta hipoproteica materna sobre a expressão de IGF-1 na placenta e NTRK2 (TrkB) no cérebro dos filhotes. Tem sido demonstrado que a dieta hipoproteica nos períodos iniciais da vida provoca alterações na estrutura e na funcionalidade placentária. Em nosso estudo vimos que tais alterações podem ocorrer através de mecanismos que envolvem fatores de crescimento, como o IGF-1. Essa modulação placentária pode acarretar prejuízos na trajetória de crescimento e desenvolvimento da prole. Por outro lado, vimos que a prática regular de atividade física materna pode atuar como um meio de minimizar ou tamponar os efeitos deletérios da dieta hipoproteica sobre o desenvolvimento placentário e consequentemente preservando a saúde dos filhotes, possivelmente devido a mecanismos que envolvem os fatores tróficos. Conclusões: Esses resultados indicam que: i) a atividade física e a dieta hipoproteica materna influenciam a expressão gênica de alguns fatores tróficos na placenta e no cérebro do feto; ii) o binômio mãe-feto (via placenta) foi eficiente para tamponar alguns efeitos deletérios da dieta hipoproteica sobre o crescimento e desenvolvimento fetal; iii) a atividade física materna, iniciada antes da gestação, induz adaptações feto-placentárias e pode ser considerada como um investimento materno que contraria os efeitos da dieta hipoproteica materna.

  • Palavras-chave
  • atividade física, dieta hipoproteica, fatores tróficos
  • Modalidade
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  • Área Temática
  • TREINAMENTO E ATIVIDADE FÍSICA
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