Introdução: O esporte está difundido em nossas vidas desde a antiguidade e a prática desportiva vai além da objetividade da ascensão física, podendo englobar lazer, saúde, prazer e socialização interpessoal (SILVA, 2010). Contudo, é considerável salientar que apesar de todos os benefícios que a prática esportiva pode proporcionar, também carrega consigo o risco de lesões (ATALAIA, 2009). Tais lesões são classificadas a partir de diferentes critérios, como: localização, lado do corpo, tipo e gravidade. Outros tipos de classificação das lesões são de acordo ao seu grau anatômico, caracterizando-se em lesões articulares, lesões musculares e lesões ósseas (CARVALHO, 2011). Por ser uma modalidade mundialmente praticada, os praticantes do basquetebol estão totalmente susceptíveis a tais lesões. Sendo um desporto caraterizado pelos seus constantes jumps, torna-se uma das modalidades esportivas com maiores propensões a lesões nos membros inferiores devido a necessidade dos joelhos e tornozelos em absorver o impacto realizado nos saltos (BOROWSKI, 2008). Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar quais os principais tipos e pontos anatômicos mais susceptíveis para as lesões no basquetebol, fazendo com que essa investigação, contextualizada com a prática esportiva, sirva como mais uma importante discussão para professores de educação física, treinadores e demais profissionais envolvidos. Metodologia: Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica. Para sua elaboração foram selecionados artigos nacionais e internacionais encontrados nas bases de dados Pubmed e Google Scholar, publicados entre os anos de 20008 e 2020.
Resultados e discussões: Tabela 1 – Resultados dos estudos encontrados junto à modalidade do basquetebol no que diz respeito às lesões, tipo e local anatômico acometido.
Autores (ano) | Tipo | Local |
(BOROWSK et al., 2008) | Entorse | Tornozelo |
(DARIO et al., 2010) | Entorse | Dedos da mão |
(KUZUHARA et al., 2016) | Entorse | Punho e dedos da mão |
(LEPPÄNEN et al., 2015) | Não consta. | Joelho |
(NETO et al., 2013) | Entorse | Tornozelo |
(RANDAZZO et al., 2010) | Entorse | Tornozelo |
Segundo Borowski (2008) entre 2005 e 2007 ocorreram 1.518 lesões nos colégios de ensino médio dos Estados Unidos, dividindo-se em entorses articulares (44,0%), distensões musculares (17,7%), contusões (8,6%), fraturas (8,5%) e concussões (7,0%). Corroborando Borowski (2008), Vaz (2008) mostra que das 141 lesões diagnosticadas em no período de um ano numa amostra de 13 atletas, entorse de tornozelo foi à lesão com maior incidência (84,6%). Reforçando esses dados, Vignochi (2010) mostra que num total de 87 atletas, 46 (53%) foram diagnosticados ou são reincidentes com entorse do tornozelo, seguido de entorse de joelho (7%). Entretanto, Gutgesell (2015) nos apresenta resultados diferentes. Em seu estudo com crianças, contusões musculares são as lesões com maior incidência (35,9%), enquanto entorses são observadas em seguida (28,2%). Diferentemente de todos os estudos analisados, o artigo de Kuzuhara (2016) apresentam resultados distintos quanto ao principal local de lesão. O artigo apresenta que 47,8% das são ocorridas nos membros superiores. Porém, o tipo de lesão mais comum continua sendo a entorse (44,9%).
Conclusões: O presente estudo evidenciou que o tipo de lesão mais recorrente no basquetebol foi a entorse. Como também demonstrado que a parcela anatômica com maior número de lesões foi o tornozelo.
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