RESUMO: Introdução: O lazer sendo um direito social garantido no artigo 6° da constituição brasileira de 1988 e vem estabelecendo nas últimas décadas diálogos com vários segmentos da sociedade, tais como família, escola e trabalho. Nos estudos de Marcellino (2004), por exemplo, posso destacar a importância da Educação para e pelo lazer, isso porque na escola e em suas práxis pedagógicas esses diálogos expressam-se de forma latente. “A escola representa o espaço onde se criam condições para promover, de maneira organizada, as aquisições consideradas fundamentais para o normal desenvolvimento da criança”. (MARCELLINO, 2004, p. 43). Desta forma, a construção de projetos políticos com ações referentes à Educação para e pelo lazer traz diversas contribuições para desenvolvimento social e pessoal dos educandos, dentre eles, as experiências de práticas esportivas, culturais, crítico-reflexivas e de socialização no âmbito escolar. “Ao assumir essa dimensão sócio-educativo-cultural, a escola reconhece no aluno um ser cidadão crítico mediado pelos princípios da emancipação, o qual toma decisões pelas escolhas de seus interesses e necessidades” (FRANÇA, 2017, p. 292).Este trabalho tem como objetivo iniciar uma análise acerca do lazer e seu potencial educativo no Projeto Sementes para o futuro-presente, desenvolvido pelo coletivo de Residentes da Escola Presidente Humberto Castello Branco. Tendo em vista a escola como ambiente de formação e transformação social, a base para o desenvolvimento do trabalho são os fundamentos da Educação para e pelo lazer: ludicidade, planejamento participativo, escolha, criatividade e dialogicidade. Metodologia: Na primeira fase, trabalhamos com o eixo norteador crítico reflexivo, no qual os alunos fizeram junto aos residentes a construção participativa do projeto (definições temáticas: Handebol, Dança, Lutas, Ginástica Circense e Badminton), fazendo parte da construção dos objetivos, do planejamento e pactuando sobre direitos e deveres. As intervenções ocorrem aos sábados de março a dezembro de 2019 das 09:00 às 12:00, com turmas de 1o e 2o anos, em todos os dias de oficina ocorre um rodízio dos grupos de alunos, para que possam vivenciar todas as práticas no período do projeto (II). O processo de avaliação será dado através da coavaliação e reflexões críticos-coletivas, onde são avaliadas ações individuais e coletivas com relação à responsabilidade de assumir e cumprir decisões expressas nos objetivos dos conteúdos ao longo do decorrer do projeto.Resultados e Discussões: Como resultados até então obtidos posso destacar que o planejamento participativo e as construções coletivas estão possibilitando uma socialização maior que o comum entre os educandos e a (re) aproximação dos alunos com as práticas culturais de lazer como esportes, dança e lutas. Conclusão: Ressaltamos ainda, durante o estudo a importância de uma práxis pedagógica que desenvolva relações educativas de autonomia na perspectiva de uma formação crítico-reflexiva, aumentando os horizontes dos alunos para além dos muros da escola.
Comissão Organizadora
Proativa Eventos
Daniely Gomes Vieira de Souza
André Luiz de Souza
Comissão Científica