Resumo:
Introdução: Atualmente a prática do skate é muito presente no ambiente citadino, sendo esta uma prática que deve estar sob o olhar dos profissionais que atuam na Educação Física. O skate e as demais Práticas Corporais de Aventura Urbanas devem ser entendidas como uma consequência da apropriação das cidades por meio das práticas corporais, assim surgindo diversas manifestações corporais oriundas delas. O presente trabalho tem por objetivo apresentar aos profissionais da Educação Física e aos demais interessados na temática skate, os fundamentos e metodologia para o ensino do skate no ambiente escolar, mostrado aos leitores estratégias pedagógicas para inserção eficaz desta prática corporal. A importância de trazer à tona o assunto se dá por diversos motivos, mas podemos destacar principalmente a presença deste na Base Nacional Comum Curricular como integrante da Educação Física Escolar, a partir do quinto ano do ensino fundamental, além deste, a carência existente nos cursos de formação em Educação Física acerca da temática. Metodologia: A pesquisa se trata de uma revisão bibliográfica, qualitativa (ILES/ULBRAS, 2014), associada a mais de 15 anos da prática do skate. As bases de dados utilizados foram acessadas por meio do Google Acadêmico, direcionando-nos para outras bases de dados (Scielo, Capes/CNPQ, Lilacs) filtrando os resultados que fazem referência as estratégias ensino das práticas corporais de aventura, especialmente o skate, visto que a maioria dos trabalhos acessados diante da perspectiva das Práticas Corporais de Aventura fazem referência ao skate, ou de esportes que utilizam o conceito de prancha, como o surf por exemplo, podendo assim fazer a relação direta entre estas práticas. Além das referências encontradas, foram utilizadas também outras referências reunidas ao longo da formação acadêmica que muito contribuíram para o desenvolvimento da temática em questão. Resultados e Discussão: O levantamento de dados nos indica uma crescente produção científica sobre as Práticas Corporais de Aventura nas duas últimas décadas, encontramos tanto produções de caráter mais geral, quanto mais específicos, tratando diretamente sobre o skate, com relatos de experiências, reflexões sobre a produção científica, sobre o ensino da modalidade em determinadas faixas etárias e temas transversais que complementam nossa discussão em questão, o ensino do skate. Destacam-se as referências do Programa Segundo Tempo de 2004 e de “Manifestações Culturais Radicais na aulas de Educação Física” (MALDONADO, OLIVEIRA, 2016). Conclusões: Na revisão encontramos algumas estratégias registradas na literatura científica, entretanto de maneira pouco conclusiva e bem geral, se referindo mais a abordagem do gerenciamento de riscos quanto as Práticas Corporais de Aventura, ou relatos de experiências de práticas pedagógicas que sugerem uma ou outra estratégia interessante. Fato este que corrobora a ausência deste conteúdo na formação acadêmica, mencionada por diversos autores encontradas na revisão diferentemente de outros conteúdos mais populares historicamente, que possuem toda uma sistematização e sequenciação de proposta para o ensino no ensino fundamental e médio. Espera-se que através deste, seja possível contribuir para a prática pedagógica na Educação Física escolar em meio a uma temática quase nunca discutida durante a formação acadêmica dentro dos cursos de Educação Física, bem como contribuir para o desenvolvimento científico da modalidade skate de maneira geral.
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Proativa Eventos
Daniely Gomes Vieira de Souza
André Luiz de Souza
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