Introdução: O estilo de vida ativo e a prática regular de atividade física tem influência direta em índices metabólicos, diminuindo o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2. Apesar dessa evidencia a inatividade física é um problema crescente entre os jovens em todo mundo. Isso ressalta a necessidade de aumentar a adesão à atividade física na juventude, estudos apontam que o prazer pode estar associado com a adesão da prática física entre jovens. A realização de exercícios através de exergames oferece aos jovens uma maior motivação para prática do treinamento físico e permite a realização de atividades não habituais nas sessões convencionais de exercício, nesse sentido o objetivo do presente estudo é analisar a satisfação de adolescentes com um protocolo de exercícios baseado em realidade virtual. Metodologia: Trata-se de um estudo piloto do tipo experimental, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Alagoas – UFAL (CAAE: 15410619.0.0000.5013), a amostra consiste em dois grupos, o grupo um formado por estudantes universitários do curso de educação física(GU) n=5, com idade média de 21 anos (±2,4) e o grupo dois formado por adolescentes (GA) n=6, participantes do projeto de extensão esportes para adolescentes da Universidade Federal de Alagoas, com idade média de 14 anos (±2,2). Os dois grupos realizaram uma sessão de treinamento físico com exergames, duração de 50 minutos, na plataforma Xbox One S da Microsoft. Foram coletados dados de peso, altura, índice de massa corporal (IMC), pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), percepção de saúde (PS) e percepção subjetiva de esforço (PSE); o nível de satisfação com a atividade física foi mensurado através da Escala de Prazer na Atividade Física (PACES). Resultados e discussões: O GU apresentou um IMC médio de 24,1 ± 4,6, a FC média de 87,4 ± 6,6, PA sistólica média de 121±12,3 e diastólica 66±7,5, 100% da amostra apresenta uma percepção de saúde regular, enquanto o GA apresentou um IMC médio de 20,5 ± 2,4, a FC média de 98,3 ± 17,5, PA sistólica média de 122±9,4 e diastólica 73±4,8, 50% da amostra apresenta uma percepção de saúde boa, 16,7% definiram a saúde como regular e 33,3 como ruim. A PSE média do GU foi de 7,8 ± 0,8 enquanto a do GA foi de 6,3 ± 3,1. O resultado da escala de prazer na atividade física aplicada após a sessão de treinamento apresentou um valor médio de 109,6 ± 9,8 no GU uma pontuação média de 108 ± 1,9 no grupo GA, em uma pontuação máxima de 126. Conclusões: O protocolo de atividade física baseada em exergames mostrou-se uma alternativa viável para complementar as sessões de atividade física tradicionais, ele proporciona satisfação no público jovem e pode ser utilizado como recurso para aumentar a adesão a prática das atividades físicas. Sugere-se a realização de um estudo de caráter longitudinal para melhor correlação do protocolo de atividade física baseada em exergames com o nível de prazer.
Comissão Organizadora
Proativa Eventos
Daniely Gomes Vieira de Souza
André Luiz de Souza
Comissão Científica