Introdução: O estágio supervisionado contribui na construção do perfil de um profissional crítico e reflexivo na busca de uma sociedade mais justa. Além disso, o estágio integra o projeto pedagógico dos cursos superiores, com o objetivo de facilitar aprendizados das atitudes, competências e habilidades individuais que norteiam os profissionais. Especificamente o estágio supervisionado em lazer é componente curricular no 7º período do curso de Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Tabosa de Almeida (ASCES-UNITA). Deste modo, este resumo tem como objetivo, relatar a experiência do estágio supervisionado em lazer com crianças com déficits cognitivos. Procedimentos metodológicos: O estágio ocorreu durante o período de agosto a novembro de 2019, nas terças de 14h30min até as 16h30min, no Lar da Criança Nossa Senhora do Carmo localizado no bairro Centenário de em Caruaru–PE, no qual foram realizadas vivências recreativas com a finalidade de oportunizar o senso de coletividade, bem como de acesso a alguma prática corporal. Este estágio foi orientado a partir da disciplina da graduação, na qual foram feitas orientações antes da imersão no campo do estágio pela professora e preceptora e acompanhamento ao longo do processo, em sala de aula, bem como no campo de intervenção. Resultados e discussões: Foi observado no Lar das Crianças que algumas crianças tinham déficits cognitivos, fato que por vezes levou a falta de interação destas crianças com as demais, bem como com os estagiários em função de dificuldades na fala, e dificuldades de expressar os sentimentos, como o sorriso por exemplo. O estágio em lazer proporciona um desafio muito grande, pois algumas crianças se expressam com preconceitos e agem de forma diferente para com aquelas que apresentam déficits cognitivos, excluindo-as dos grupos das atividades. Diante destas atitudes, era necessário que os estagiários incentivassem espaços que problematizassem e repensassem a exclusão. Assim, percebeu-se que ao longo das intervenções a partir de atividades recreativas foi crescendo a sensação de inclusão e de interação junto, uma vez que ao final do processo as crianças com déficit cognitivo que pouco interagiam ou falavam, passaram a dialogar com as demais crianças e vice-versa (MARCELLINO, 1990; 1996). Conclusões: A recreação e lazer pode, através de diversas atividades, contribuir para a oportunizar a socialização de crianças que tem algum tipo de déficit cognitivo, ajudando-as as desenvolverem aspectos físicos, cognitivos e sociais.
Comissão Organizadora
Proativa Eventos
Daniely Gomes Vieira de Souza
André Luiz de Souza
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