No âmbito do processo educacional para pessoas com deficiência muitas vezes visibiliza-se a imposição de grandes obstáculos para execução desta função. Profissionais relatam que tem receio e insegurança de não saber de como forma deve agir e como planejar suas aulas voltada para a perspectiva do ensino para estes alunos, justificando não saber como organizar e nem qual resposta poderá ter com o trabalho pedagógico voltado para atender este público. No processo de sistematização de estratégias de ensino-aprendizagem nas aulas de Educação Física para os alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é imprescindível que o docente retire o foco de planejar seu trabalho pedagógico focando no diagnóstico e nas limitações que seus alunos apresentam, afinal diagnostico não é o destino, deve-se alertar-se sempre para voltar a ênfase de seu planejamento para as potencialidades e possibilidades de aprendizagem do aluno, pensando na garantia da participação e presença do aluno. O presente estudo trata-se de relatar a partir de uma experiência vivenciada em um intercambio em Portugal, como eram avaliadas as aulas de Educação Física direcionadas para o público de alunos com TEA. As aulas eram intervenções realizadas dentro de uma disciplina do curso de Ciências do Desporto e Educação Física em uma Universidade em Portugal. As aulas tinham como proposta aproximar o aluno das vivências de modalidades esportivas, atividades lúdicas e outras atividades que são da grade de conteúdos da Educação Física. Através das vivencias com estas atividades os alunos puderam ter contato com mais conteúdo das práticas corporais, como o jogo, a dança, o esporte, a luta. Além de que, nestes momentos de aula, os alunos podiam ter contatos mais próximos uns com os outros. Para além destes fatores citados, a experiência objetivava também a melhoria muscular, promoção da cooperação e do trabalho em equipe, estimular habilidades como velocidade, agilidade, força. Nas aulas os alunos foram avaliados de modo processual, ou seja, cada atividade o aluno era avaliado pela sua maneira de executar, seus avanços desde a última prática da atividade ou gesto e não apenas pelo resultado final, como por exemplo, ao invés de avaliar se o aluno consegue ou não marcar um gol, foi avaliado a forma como o aluno evoluiu no passe de bola, no chute. Assim, notou-se avanços tanto na execução técnica nas atividades como no contato afetivo com colegas e professores, o comportamento de muitos alunos teve melhorias, como também houve uma aceitação maior de realizar as atividades, o que facilitou muito a fluência das aulas e alcance dos objetivos propostos, assim com a confiança que os alunos desenvolveram nos professores responsáveis pelas aulas.
Comissão Organizadora
Proativa Eventos
Daniely Gomes Vieira de Souza
André Luiz de Souza
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