O ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DA TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA DE JÜRGEN HABERMAS
Autora: Profa Fabiana Soares da Cruz Lima; Profa do IFNMG;
fabiana.lima@ifnmg.edu.br
Orientador: Prof. Dr. Ildenilson Barbosa Meireles; Prof. da Unimontes;
meirelesildenilson@gmail.com
MESTRADO PROFISSIONAL EM FILOSOFIA - UFPR/UNIMONTES
Resumo: No campo educacional, é sabido que as relações entre professores e alunos, e alunos entre si, são bastante complexas. A sala de aula caracteriza-se como um espaço de interação entre pessoas, cada qual com sua forma própria de percepção e conhecimento da realidade, tornando-a um ambiente bastante propício para o surgimento de conflitos. O anseio em pesquisar o ensino de Filosofia no contexto da sala de aula, vem desde o início da experiência profissional desta pesquisadora, que começou a lecionar Filosofia no Ensino Médio em 2009. A vivência docente proporciona uma série de experiências ao educador. Uma que sempre chamou a atenção desta pesquisadora diz respeito à comunicação e interação nas turmas de primeiros anos do Ensino Médio. Nota-se que muitos alunos ao ingressarem no mesmo, trazem consigo inúmeras dificuldades, não só referentes às questões que há muito são discutidas, como defasagem na aprendizagem; mas também nos campos da interação e comunicação, ou melhor, da intersubjetividade. Muitos discentes dos primeiros anos do Ensino Médio, demonstram muita imaturidade, insegurança e inconsequência nas falas, ocasionando, muitas vezes, desentendimentos, dispersão, desinteresse, e consequentemente, prejuízos na aprendizagem. Assim, a partir da identificação das dificuldades de comunicação e interação dos estudantes, nas aulas de Filosofia, das turmas dos primeiros anos dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – IFNMG, Campus Arinos, esta pesquisa pretende apresentar uma proposta metodológica que auxilie na « descolonização » do ensino de Filosofia, tendo como base teórica a Teoria da Ação Comunicativa de J. Habermas. Esse autor descobre no mundo atual “nichos de comunicação”, pólos de ética e vontade de recuperar a subjetividade subjugada pela ciência, pela ideologia e pela razão instrumental e estratégica. Dessa forma, pode-se considerar o ensino de Filosofia como um “nicho de comunicação”, capaz de contribuir para o desenvolvimento de uma razão crítica libertadora e emancipatória. Levando os estudantes ao exercício da autonomia, podendo transformar a si próprios e a sociedade. Em relação à metodologia, a pesquisa será de natureza aplicada. Quanto aos objetivos, será explicativa. O método é o da pesquisa ação. No que refere-se aos procedimentos técnicos, serão utilizados: pesquisa participante, bibliográfica, documental e Survey. A coleta de dados ocorrerá por meio de aplicação de questionário. O universo da pesquisa serão as turmas de primeiros anos dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do IFNMG – Campus Arinos. A amostra será composta pelos alunos que optarem pela participação na pesquisa. Enfim, Habermas não escreveu claramente sobre educação, mas deixou uma proposta que pode contribuir muito para as aulas de Filosofia. Por meio da ação comunicativa, é possível o entendimento mútuo, o fortalecimento das práticas de comunicação e o desenvolvimento do processo de formação e emancipação dos sujeitos envolvidos.
Palavras-Chave: Ensino de Filosofia; Ação Comunicativa; Descolonização; Intersubjetividade; Emancipação.
Comissão Organizadora
CLÁUDIA APARECIDA FERREIRA MACHADO
Andrey Guilherme Mendes de Souza
Fátima Rita santana Aguiar
Comissão Científica