INTRODUÇÃO: As disfunções temporomandibulares (DTMs) são definidas como um conjunto de distúrbios que acometem os músculos da mastigação, articulação temporomandibular e estruturas adjacentes1. Quando essa condição está associada á alterações cervicais, passa a ser disfunção craniocervicomandibular2. Sua etiologia é multifatorial, estando atrelada a fatores como traumas, alterações posturais, hábitos parafuncionais, problemas esqueléticos, estresse e ansiedade. Os sintomas comumente presentes são limitação nos movimentos mandibulares, dores miofasciais, cefaleias e alterações vestíbulococleares3,4. OBJETIVO: Relatar um caso clínico de uma paciente com Disfunção craniocervicomandibular ascendente, associada a alterações posturais. MÉTODOS: Paciente do sexo feminino, 57 anos, chegou à Policlínica Odontológica da UEA, queixando-se de dor nos dentes superiores, dor na face ao acordar, dificuldade ao se alimentar e limitações de movimentos. Relatou ter sido diagnosticada com fibromialgia e escoliose ainda em sua adolescência. Ao exame físico, músculos mastigatórios e cervicais foram observados como pontos gatilhos, além de alterações posturais, como anteorização da cabeça e assimetria postural. Com o auxílio de um paquímetro, mediu-se a máxima a abertura de boca, que foi de 28mm no início do tratamento. Também se constatou a presença de restrição mandibular excêntrica, sendo de 5mm do lado direito e 4mm do lado esquerdo. O tratamento proposto foi a utilização de placa estabilizadora, associada à exercícios de fisioterapia. RESULTADOS: Ao final do tratamento, os músculos que apresentavam reação de fuga ao serem palpados, passaram a responder com um desforto ou uma sensibilidade, apresentando uma melhora significativa no quadro clínico. O aumento da abertura máxima de boca final também foi constatado(46mm). CONCLUSÃO: Os exercícios fisioterápicos associados ao uso da placa estabilizadora inferior, prorcionaram melhoras significativas no quadro da disfunção craniocervicomandibular ascendente. Tendo em vista o caráter multifatorial do quadro, e o diagnóstico de fibromialgia, faz-se necessário um tratamento multiprofissional, envolvendo diferentes agentes profissionais.
Comissão Organizadora
Congresso Odontologia UEA
Pollyana Moraes Silva
NATALIA DA SILVA MELO
Aline Amazonas Sousa
Maria Clara Cavalcante da Silva
VICTÓRIA DE SOUSA MILON
SHIRLEY MARIA DE ARAÚJO PASSOS
Comissão Científica
Tiago Ribeiro Brandão Bueno
Apollo de Souza Conceição