Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 285 milhões de pessoas sejam deficientes visuais em todo o mundo. O estudo avaliou o conhecimento sobre saúde bucal em pessoas com deficiência visual, com 20 participantes (14 alunos e 6 funcionários, com idade entre 6 e 48 anos) de uma escola especializada em Manaus/AM. Trata-se de estudo observacional, analítico, descritivo e transversal. Foram realizadas entrevistas e exame clínico para avaliar a presença de cárie dentária utilizando o índice ceo/CPOD. A análise dos dados foi realizada através dos programas Microsoft Excel e o Statistical Packcage for the Social Sciences SPSS versão 26.0 adotando nível de significância de 0,05. Do total de participantes, 81,3% relataram possuir cegueira total e 43,8% relataram que já nasceram com a condição. A alteração bucal mais citada foi a Cárie Dentária, 93,8% e dor de dente, 56,2%. Para 37,5% dos participantes a cárie ocorre por falta de higiene, sendo a escovação o meio utilizado por todos para prevenir a doença Cárie. O flúor presente no creme dental é utilizado pela maioria, 93,8%. Apenas 68,8% acreditam que os dentes duram a vida toda, e todos citaram o ato de comer como o mais importante da cavidade bucal. A média do índice de cáries foi de 3,0 e o índice SIC, 7,4 com a presença de cárie (CPO?1) correlacionada à escolaridade (p=0,04). Pode-se concluir que, embora os participantes já possuam algum conhecimento sobre saúde bucal, há necessidade de tratamentos preventivos e restauradores, além do uso de recursos acessíveis, como cartilhas, macromodelos e áudios, para melhorar a educação em saúde bucal. Este estudo foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa CEP/UEA sob o Parecer número 6.914.175/2024.
Comissão Organizadora
Congresso Odontologia UEA
Pollyana Moraes Silva
NATALIA DA SILVA MELO
Aline Amazonas Sousa
Maria Clara Cavalcante da Silva
VICTÓRIA DE SOUSA MILON
SHIRLEY MARIA DE ARAÚJO PASSOS
Comissão Científica
Tiago Ribeiro Brandão Bueno
Apollo de Souza Conceição