INTRODUÇÃO: A articulação temporomandibular (ATM) é uma articulação sinovial complexa que pode ser afetada por uma variedade de condições, incluindo disfunções articulares, alterações degenerativas, doenças inflamatórias ou infecciosas, tumores e trauma ¹. O conjunto de distúrbios que envolvem a Articulação Temporomandibular (ATM), os músculos mastigatórios e estruturas associadas, é definido pela Associação Americana de Dor Orofacial como Disfunção Temporomandibular. Quando essas alterações estão relacionadas à distúrbios cervicais, denomina-se Disfunção Craniocervicomandibular ². É frequente a associação de DTM e dores na cabeça e nos músculos cervicais, sendo justificada pela relação neurofuncional e anatômica existente entre a ATM, a coluna cervical e o crânio ³. OBJETIVO: Este relato de caso tem como objetivo descrever e analisar um caso clínico de disfunção craniocervicomandibular (DCCM) associado a sintomas vestibulococleares, explorando a correlação entre essas condições. MÉTODOS: O relato descreve uma paciente do sexo feminino, 69 anos, que compareceu a Policlínica Odontológica da UEA, apresentando como queixa principal dor na região da ATM há aproximadamente 5 anos, com presença de plenitude auricular, zumbido bilateral, estalidos, tontura e vertigem. Apresentava limitação de abertura bucal 40 mm, deflexão de 17 mm e restrição mandibular excêntrica menor que 8 mm.O exame clínico revelou pontos gatilhos em musculatura mastigatória e cervical. Baseado na hipótese diagnóstica de disfunção craniocervicomandibular com sintomatologia vestibulococlear, o tratamento proposto foi o uso da placa estabilizadora acompanhada da realização dos exercícios de terapia física. RESULTADOS: Após o tratamento com placa estabilizadora e exercícios de terapia física, a paciente apresentou melhora significativa, com redução das dores musculoesqueléticas,dos estalidos na ATM e alívio dos sintomas de vertigem, zumbido e plenitude auricular. CONCLUSÃO: Diante da complexidade das Disfunções Craniocervicomandibulares, torna-se imprescindível a aplicação de uma abordagem terapêutica integrada e um plano de reabilitação individualizado para atender às necessidades específicas de cada paciente.
Comissão Organizadora
Congresso Odontologia UEA
Pollyana Moraes Silva
NATALIA DA SILVA MELO
Aline Amazonas Sousa
Maria Clara Cavalcante da Silva
VICTÓRIA DE SOUSA MILON
SHIRLEY MARIA DE ARAÚJO PASSOS
Comissão Científica
Tiago Ribeiro Brandão Bueno
Apollo de Souza Conceição