INTRODUÇÃO: Osteíte ou osteomielite condensante é um tipo de inflamação óssea resultante de um fator irritante presente na polpa que concorre para um quadro de inflamação crônica ou necrose da polpa (1-3), tendo como consequência uma formação óssea densa na tentativa de bloquear o fator de irritação (2). As áreas escleróticas estão relacionadas aos ápices dos dentes com pulpite crônica, polpas necrosadas ou local de exodontia(1-3) e, desta forma, ao exame radiográfico apresentam-se como radiopacidades localizadas(3-5). A atividade bruxista trata-se de uma parafunção relacionada ao apertamento e/ou ranger de dentes, ligada a alta atividade muscular levando o sistema estomatognático a uma sobrecarga(6). OBJETIVO: relatar um caso clínico de osteomielite condensante gigante agravada por atividade parafucional. MÉTODOS: Este relato é referente a paciente , sexo feminino, 35, que durante o atendimento odontológico mencionou ser bruxista e, ao exame clínico, foram observados interferência mandibular para o lado esquerdo com retorno à linha média com potencial deslocamento de disco com redução ipsilateral e desvio à esquerda em protrusão. Apresentou também sintomatologia vestibulococlear: sensação de zumbido na orelha direita, plenitude auricular em ambas orelhas e vertigem ocasional. Ao exame físico foi observado estalido na abertura da ATM direita. Durante a palpação de pontos gatilhos musculares observou-se grande sensibilidade do lado direito. A radiografia panorâmica apresentava grandes áreas radiopacas localizadas nos ápices dos elementos 36 e 46, com restaurações extensas em amálgama. RESULTADOS: Os dentes foram tratados endodonticamente, após a constatação de pulpite crônica em ambos. CONCLUSÃO: Atualmente a paciente está em tratamento da disfunção cervicomastigatória e do bruxismo 3relacionado que , em tese, foi o fator agravador da osteíte condensante.