As enfermarias hospitalares são ambientes destinados ao cuidado de pacientes que não necessitam de cuidados intensivos, proporcionando assistência contínua e menos complexa do que as Unidade de Terapia Intensiva (UTIs). Nesses espaços, a atuação de equipes multidisciplinares torna-se igualmente importante para atender às variadas necessidades dos pacientes, promovendo a prevenção e o controle de condições sistêmicas. Dessa forma, a condição bucal precária de um paciente pode afetar seu prognóstico, criando uma condição inflamatória sistêmica e propiciando a propagação de microrganismos por via hematogênica. O objetivo deste estudo é avaliar a condição bucal de pacientes hospitalizados em leitos de enfermaria na Fundação Hospital Adriano Jorge . Este é um recorte de um estudo de natureza observacional, transversal e descritivo cujos dados foram coletados em fichas desenvolvidas para este fim, no período de Julho a Outubro de 2024. Foram analisados 61 pacientes, sendo 74% do sexo masculino e 26% do sexo feminino, na faixa etária de 18 á 71 anos, com tempo de internação variando entre 2 dias a 7 meses. Desses pacientes 67% deles apresentaram presença de biofilme e apenas 33% não apresentavam biofilme, bem como 62% necessitavam de tratamento odontológico e 38% não necessitavam. Os resultados evidenciaram alta prevalência de biofilme bucal e necessidade de tratamento odontológico. Portanto a presença do cirurgião dentista nesse contexto torna-se essencial, pois permite a atuação no controle do biofilme bucal, reduzindo o risco de infecções sistêmicas e melhorar a saúde bucal.