INTRODUÇÃO: A doença trofoblástica gestacional (DTG) é uma rara complicação da gravidez que compreende um grupo diverso de lesões causadas pelo crescimento anormal das células trofoblásticas. Pode manifestar-se de forma benigna como a mola hidatiforme ou com malignidade, como ocorre na neoplasia trofoblástica gestacional (NTG)1,2,3. A terapia de primeira linha para a NTG em pacientes de baixo risco é feita com o uso do quimioterápico Metotrexato (MTX). Contudo, um desafio significativo associado ao uso de MTX é a ocorrência de mucosite oral nas pacientes, uma das principais causas de abandono do tratamento4,5,6. OBJETIVO: O objetivo da pesquisa foi avaliar a frequência de mucosite em pacientes em tratamento quimioterápico de NTG na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCECON). MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo envolvendo pacientes atendidas na fundação. A pesquisa foi conduzida no ambulatório de DTG do Amazonas localizado neste centro de referência vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). As pacientes incluídas neste estudo apresentaram diagnóstico de DTG e realizaram o tratamento na FCECON entre o período de janeiro de 2020 a setembro de 2024. Prontuários com dados incompletos foram excluídos desta pesquisa. RESULTADOS: A amostra contém 18 pacientes com evolução para NTG em que 8 apresentaram sinais e sintomas de mucosite oral durante o tratamento, o que corresponde a 34%. CONCLUSÃO: Na literatura os índices de inflamação na mucosa bucal correspondem a 67% dos efeitos colaterais relacionados ao uso do metotrexato. No ambulatório de DTG, essa frequência foi de apenas 34%. Dessa forma, os resultados indicaram a suspeita de subnotificação dos casos de mucosite oral na FCECON.
Comissão Organizadora
Congresso Odontologia UEA
Pollyana Moraes Silva
NATALIA DA SILVA MELO
Aline Amazonas Sousa
Maria Clara Cavalcante da Silva
VICTÓRIA DE SOUSA MILON
SHIRLEY MARIA DE ARAÚJO PASSOS
Comissão Científica
Tiago Ribeiro Brandão Bueno
Apollo de Souza Conceição