Introdução: O recente contexto de pandemia trouxe a necessidade de maior participação das famílias de crianças com paralisia cerebral (PC) nos processos de identificação, avaliação e implementação de terapias através dos meios de comunicação digitais. Objetivo: Verificar a concordância teste-reteste dos cuidadores e a concordância entre cuidadores e terapeutas na aplicação do Gross Motor Function Classification System (GMFCS) e o Manual Ability Classification System (MACS). Métodos: Participaram desse estudo metodológico, 31 crianças e adolescentes com PC, entre 2 e 18 anos. O estudo foi realizado por meio de um formulário online, pelo WhatsApp, Zoom ou Google Meet. Os participantes foram classificados pelos seus responsáveis utilizando o GMFCS e o MACS e depois reclassificados em um período máximo de 1 mês. Após a classificação dos pais, os terapeutas foram contactados por via remota para realizar a classificação dos mesmos, no mesmo formulário online. O Índice de Kappa foi calculado para verificar a concordância entre as duas classificações pelos pais, no teste-reteste, assim como a concordância entre os responsáveis e os terapeutas. Resultados: Ao realizar a concordância teste-reteste para o GMFCS e MACS, observamos um valor Kappa substancial para GMFCS (k=0,78) e moderado para MACS (k=0,66). Já a relação entre a classificação de GMFCS entre os responsáveis e fisioterapeutas, observou uma concordância moderada com valor k=0,54 e para o MACS, baixa concordância com valor k=0,24. Conclusão: Os resultados sugerem que a utilização de tecnologia para classificação da funcionalidade de acordo com o GMFCS e MACS, apresentam confiabilidade adequada. Em relação à concordância entre terapeutas e responsáveis, a utilização de meios remotos apresentou níveis inferiores aos descritos na literatura.
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Diretório Acadêmico 13 de outubro
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