Eficácia de manobras de expansão pulmonar sobre a mecânica pulmonar e oxigenação de indivíduos hospitalizados por COVID-19 em ventilação mecânica

  • Autor
  • Tamara Rafino de Castro
  • Co-autores
  • Mariana Costa Garcia , Karina da Silva , Anderson José , Carla Malaguti , Cristino Carneiro Oliveira
  • Resumo
  • Introdução: As manobras passivas para a expansão pulmonar não possuem evidências robustas e ainda não foram investigadas em indivíduos com COVID-19. Objetivos: Avaliar os efeitos do bloqueio torácico e da compressão-descompressão torácica, comparados à assistência fisioterapêutica, na mecânica ventilatória e oxigenação de indivíduos com COVID-19 em ventilação mecânica (VM). Método: Ensaio clínico randomizado aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE: 21798619.7.0000.5139, realizado em indivíduos com COVID-19 em VM. O Grupo Controle (GC) recebeu o protocolo fisioterapêutico (movimentação passiva ou ativa, manobras e aspiração) e o Grupo Intervenção (GI) recebeu o mesmo protocolo adicionado de descompressão torácica bilateral (5 minutos) e bloqueio torácico (5 minutos em cada hemitórax). As avaliações foram realizadas antes e após o tratamento padrão, após a intervenção e trinta minutos após a intervenção. Desfecho primário: complacência estática. Desfechos secundários: complacência dinâmica, resistência das vias aéreas e saturação periférica de oxigênio. Os desfechos foram analisados por meio de modelos lineares mistos e descritos em média (95% IC). Resultados: Foram avaliados 24 participantes (12 no GC; 12 no GI). Não houve diferença na complacência estática antes e após a fisioterapia padrão [-0,15 ml/cmH2O (-4,96 a 4,66); p=0,951] antes e após as manobras de expansão [3,80 ml/cmH2O (-1,01 a 8,61); p= 0,121] e após as manobras e 30 minutos de observação [-2,45 ml/cmH2O (-7,26 a 2,36); p= 0,319]. Não houve diferença na complacência dinâmica e resistência das vias aéreas. A oxigenação apresentou diferença antes e após as manobras de expansão [-1,33% (-2,27 a -0,40); p=0,05]. Conclusão: As manobras não se mostraram efetivas para a melhora da mecânica ventilatória em indivíduos com COVID-19 sob VM.  A saturação não apresentou diferença clinicamente importante. Os resultados deste estudo poderão nortear uma prática clínica baseada em evidências.

  • Palavras-chave
  • COVID-19, Ventilação mecânica, Atelectasia pulmonar
  • Área Temática
  • Fisioterapia em Terapia Intensiva
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