O presente trabalho, é pautado na dinâmica das rugosidades urbanas de Nazaré da Mata. Pensar a pesquisa acerca desta temática é induzir uma análise espaço-temporal. Assim, como principal objetivo, buscamos identificar como a reforma na Praça da Bandeira, no centro de Nazaré da Mata, passou a afetar a história de vínculo dos residentes locais com o anfiteatro da cidade, uma rugosidade espacial urbana que guardava a memória das relações sociais e práticas cotidianas que caracterizavam aquele local. A atual reforma, que de fato é necessária, durante seu planejamento, pouco se teve uma preocupação com a instrumentalização e manipulação desse patrimônio na atual condição da gestão do município. O conhecimento do anfiteatro em questão, parte do princípio de levantamento bibliográfico e registros fotográficos, com foco no resgate de conceitos essenciais como rugosidade espacial, espaço urbano, patrimônio e cultura. A pesquisa documental e em campo são metodologicamente necessárias a tal, pois contemplam assuntos que se interligam ao tema, favorecendo uma maior percepção do antigo anfiteatro em toda sua extensão memorial, cultural e de pertencimento, a partir o entendimento da história do município e acompanhamento da reforma atual da praça. Assim, o resultado desejado, é contribuir, através desta reflexão, o quanto o patrimônio, neste caso, passou a ser manipulado de maneira tal que afetou diretamente os vínculos de identidade da população com o anfiteatro, a gestão precisa levar em conta que ao manipular ou ajustar o patrimônio, se deve levar ter consciência de que está lidando com toda uma cultura e história de um povo. Através das políticas de “preservação e conservação” do local, que se dá por meio de reformas, reajuste, regulamentação e transformação, percebe-se através de um viés crítico o interesse do capital diretamente articulado a necessidade de produção e reprodução da cidade e seu patrimônio como negócio.
Comissão Organizadora
Ana Regina Marinho
LUCIANA RACHEL COUTINHO PARENTE
Priscila Bastos
Eladyo Juann
Taina Soares
Comissão Científica