Introdução: As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) atendem pacientes em estado crítico de saúde, através da observação contínua de uma equipe multidisciplinar da área da saúde, na qual o cirurgião-dentista (CD) se insere. Em 2015, o Conselho Federal de Odontologia reconheceu, através da resolução n° 162, o exercício da Odontologia Hospitalar (OH) pelo cirurgião-dentista. Na UTI, o paciente perde a capacidade de manter a higiene bucal correta, causando maior susceptibilidade à proliferação de microrganismos oportunistas no biofilme oral, que podem causar pneumonias nossocomiais. A pneumonia por ventilação mecânica é muito comum em tal ambiente, com taxas de 9% a 40% das infecções, ademais, com a chegada da COVID-19, passou-se a analisar coinfecções e seu impacto na recuperação do paciente. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a relação da OH em UTI frente a pandemia de COVID-19 para a prevenção da pneumonia nosocomial. Método: Buscou-se trabalhos através das bases de dados Google Acadêmico e Pubmed, publicados no período de 2016 a 2021. Resultados: Entre os principais patógenos relacionados com a pneumonia nosocomial, podemos citar a Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa, além disso, pacientes com COVID-19 em UTIs ficam mais passíveis à essas pneumonias, desse modo, o CD colabora com a prevenção destas, orientando a higienização bucal do paciente. Conclusão: Cada vez mais a OH se torna indispensável na equipe multidisciplinar de UTI, atuando nos cuidados bucais em indivíduos internados, prevenindo desenvolvimento de pneumonia nosocomial e aumentando a expectativa de vida do paciente.
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XIV Congresso de Odontologia da Unioeste
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