Introdução: Em Unidades de Terapia Intensiva, pacientes em ventilação mecânica utilizando-se do tubo orotraqueal como método de suporte respiratório estão sujeitos ao desenvolvimento da pneumonia associada à ventilação mecânica. Tal infecção ocorre após 48 horas de intubação orotraqueal, não estando presente no momento da admissão, ou em até 72 horas após a extubação, apresentando altas taxas de morbidade e mortalidade, além de gerar elevados custos hospitalares. O tubo orotraqueal estende-se desde a orofaringe até a traqueia e atua como um condutor de microrganismos da cavidade oral para as vias aéreas inferiores, favorecendo o desenvolvimento da pneumonia associada à ventilação mecânica. Objetivo: Avaliar a relação da pneumonia associada à ventilação mecânica em Unidades de Terapia Intensiva com a cavidade oral e a importância da assistência odontológica nesse contexto. Método: Trata-se de é uma revisão de literatura narrativa, utilizando-se de artigos publicados entre os anos de 2016 e 2021 nas bases de dados SciELO, PubMed e BVS, nas línguas portuguesa e inglesa. Resultados: Utilizou-se 8 artigos, visando relatar a relação entre a pneumonia associada à ventilação mecânica, acometendo pacientes em Unidades de Terapia Intensiva, e o papel da cavidade oral no seu desenvolvimento. Conclusão: A redução do nível de consciência, associada à perda do mecanismo normal de limpeza das vias aéreas, favorece o aumento da produção de secreções. O autocuidado reduzido interfere na qualidade da higiene oral, favorecendo a aquisição da pneumonia associada à ventilação mecânica, refletindo na piora do quadro de saúde do paciente em ambiente hospitalar.
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XIV Congresso de Odontologia da Unioeste
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