As anomalias dentárias como fusão, geminação e concrescência, podem afetar a morfologia ou número de dentes, apesar de ocorrerem com pouca frequência. A fusão é caracterizada pela união de dois germes dentários distintos durante as fases de formação do órgão dental, sendo relativamente rara em dentes permanentes posteriores. Objetivo: Destacar a importância do conhecimento e da atenção especial que o tratamento endodôntico de dentes fusionados requer, devido à anatomia diferenciada e complexa. Relato de caso: O caso clínico trata-se de um paciente que apresentava dor espontânea e cavidade cariosa extensa, além de outros sinais e sintomas característicos que levaram ao diagnóstico de pulpite irreversível. Durante o exame clínico, uma anatomia diferenciada pôde ser observada na região do dente 37, que se apresentava com uma coroa bastante extensa no sentido mesiodistal. Ao exame radiográfico, foi possível verificar sua fusão com o dente 38. Procedeu-se a sequência de biopulpectomia, tendo-se o cuidado para identificar a anatomia interna desses dentes, uma vez que apresentavam além da união das coroas a união da raiz distal do dente 37 com a raiz mesial do dente 38. Resultados: Foi realizado acompanhamento de 10 anos utilizando tomografia computadorizada, confirmando o sucesso do tratamento. Conclusão: Demonstramos assim, que o devido conhecimento e diagnóstico correto da anatomia das cavidades pulpares é imprescindível para o êxito do tratamento endodôntico, exigindo especial cuidado principalmente em situações não usuais.
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XIV Congresso de Odontologia da Unioeste
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