A ausência dentária é um desafio para manutenção da qualidade de vida, pois prejudica a capacidade funcional mastigatória e fonatória, levando a alterações nutricionais e insatisfação estética, com efeitos psicológicos. Desde a implementação do SUS, várias ferramentas foram implementadas para atender à demanda da Saúde Pública. O objetivo deste trabalho é avaliar descritivamente a instalação de próteses totais convencionais, no período de Janeiro de 2010 até Dezembro de 2019, baseado nos dados de livre acesso presente na plataforma de dados DATASUS. O objeto do estudo, foi verificar a produção regional de próteses totais convencionais, superior e inferior, dos pacientes atendidos nos centros de especialidade do Paraná. O SUS busca constantemente suprir as necessidades da população, visando a solução de problemas já instalados, como o edentulismo. No Brasil, país em desenvolvimento, relaciona-se a perda dentária aos fatores socioeconômicos e culturais. Durante anos os serviços públicos de saúde bucal disponibilizados no Brasil eram curativos, mutiladores, e de baixo impacto epidemiológico, resultando em extrações excessiva. Em 2006, com a criação dos Centros de Especialidades Odontológicas, e de Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias, passou a ser possível a reabilitação com próteses dentárias totais e parciais. De 2010 a 2019, no Paraná, foram realizadas 139.619 próteses totais mandibulares, 210.994 próteses totais maxilares, totalizando 350.613 próteses. Com a coleta de informações, verificou-se grande percentual de necessidade de prótese na população brasileira, exigindo a consolidação de uma política pública efetiva de atenção à saúde bucal, voltada à reabilitação dentária.
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XIV Congresso de Odontologia da Unioeste
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