Em casos de traumatismos, os incisivos decíduos são altamente suscetíveis às luxações, podendo resultar em danos para o germe do permanente. Uma das possíveis sequelas é a dilaceração coronária, caracterizada por um desvio brusco da coroa em relação ao longo eixo do dente.
O objetivo desse trabalho é apresentar um relato de caso de uma reabilitação de dilaceração coronária resultante de um traumatismo em dente decíduo.
Paciente do sexo masculino, 7 anos, sofreu um trauma aos 2 anos de idade e desde o irrompimento do dente 41, apresentou uma mancha em esmalte e dor. Procurou a Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Londrina, no qual foi atendido pelos residentes de Odontopediatria e Dentística. Diante das condições clínicas e exame complementar, foi observado desvio da coroa em relação ao eixo longitudinal do dente, levando ao diagnóstico de dilaceração coronária. Inicialmente, foi feita a restauração provisória de cimento de ionômero de vidro. Posteriormente, foi realizada a restauração definitiva com resina composta.
Uma possível causa para o surgimento dessa condição é que ao sofrer o trauma e com a intrusão do dente 81, houve formação de um cisto radicular. A pressão cística provocou o deslocamento do dente permanente para região apical provocando alteração em sua formação.
O trabalho permite concluir, que ao se deparar com traumatismo em dente decíduo, é de suma importância que o cirurgião-dentista efetue uma avaliação bem detalhada para dessa forma obter um diagnóstico correto, aumentando as chances de ter um bom prognóstico, oferecendo uma recuperação estética e funcional.
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XIV Congresso de Odontologia da Unioeste
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