O apego é um vínculo emocional caracterizado pela busca de segurança e conforto em uma relação com outro indivíduo (figura de apego), que pode ser um animal de companhia como, por exemplo, o cão e vice-versa. O Dog Attachment Insecurity Screening Inventory (D-AISI) é um questionário respondido pelo tutor que visa identificar a insegurança de apego do cão ao tutor por meio da classificação em três dimensões: ambivalente (ou ansioso), evitativo e desorganizado. O objetivo foi traduzir, adaptar e validar o questionário D-AISI para a língua portuguesa e cultura brasileira, bem como analisar a associação dos escores do D-AISI com dados demográficos do tutor, do cão e da relação entre eles. Para o processo de adaptação cultural, realizamos duas traduções independentes, uma retrotradução, uma versão pré-teste para 30 tutores e finalizamos com a aplicação do questionário final para uma amostra de 563 tutores. Para a validação, utilizamos o método de Análises Fatoriais Exploratória e Confirmatória, calculamos o coeficiente alfa de Cronbach para analisar a consistência interna e aplicamos um teste-reteste para aferir a estabilidade do instrumento. Encontramos que a estrutura do D-AISI brasileiro evidenciou confiabilidade aceitável apenas para a dimensão de apego evitativo (? = 0,721), por isso a análise demográfica foi realizada apenas com essa dimensão. Os resultados da análise demográfica indicam uma relação inversa entre o apego evitativo e o tempo de interação da díade: quanto maior o tempo de interação, menor o escore de apego evitativo. Além disso, o escore de apego evitativo foi menor para cães não castrados e cães que vivem em casas com quintal. Em suma, recomenda-se utilizar esta versão do D-AISI somente para avaliar o grau de apego evitativo nos cães, e sugere-se como um estudo futuro uma reestruturação das questões de tal forma a melhorar a confiabilidade das outras dimensões do apego.
Uma da partes mais ricas de um evento é ter a oportunidade de apresentar seus trabalhos para colegas cientistas e interagir com os pares. Um Encontro pressupõe várias pessoas e foi fundamental ter a contribuição de tantos cientistas para o nosso encontro. Graduandos e pós-graduandos apresentaram suas descobertas e testaram a receptividade da comunidade científica a suas ideias. Isso não apenas enriqueceu os seus currículos, mas os ajudou a construir sua imagem como pesquisador, contribuiu para sua capacidade de argumentação e criou uma rede de contatos com colegas de área.
Nos simpósios vimos a interação entre cientistas de diferentes instituições que estão produzindo pesquisa numa mesma área. Foi uma forma rica de construir colaborações e de sintetizar descobertas.
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Eduardo Bessa
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