As formigas Dinoponera quadriceps são conhecidas por seu comportamento de forrageio solitário, que consiste na busca por alimento sem o recrutamento e a cooperação de outras operárias. Esse comportamento solitário influencia diretamente suas estratégias de navegação. Ao forragear sozinhas, essas formigas dependem principalmente de suas habilidades individuais de orientação e memorização espacial, além do uso de pistas químicas, como trilhas de feromônio deixadas por elas mesmas. A dieta dessa espécie é bastante diversificada, abrangendo desde pequenos artrópodes até frutas e outros alimentos disponíveis no ambiente. Este estudo analisou o comportamento de forrageio de Dinoponera quadriceps em um labirinto para entender suas estratégias de navegação e forrageio. Mais especificamente o fluxo entre diferentes comportamentos e seus contextos. Foram revisados 119 vídeos de formigas de seis colônias. Cada formiga foi observada individualmente em um labirinto de acrílico, e os comportamentos foram categorizados em Alimentação, Exploração, Retorno, Limpeza e Inatividade. Os resultados mostraram que os comportamentos mais comuns foram "meia-volta" (43,3%), "forrageio" (15,7%) e "tigmotaxia" (12,8%). As formigas alternavam frequentemente entre "meia-volta" e "forrageio", especialmente próximas à entrada do ninho e à área de recompensa, sugerindo o uso de pistas químicas e memorização espacial. O comportamento de "tigmotaxia", que envolve caminhar próximo às barreiras, ajuda na navegação quando as trilhas de feromônio estão ausentes. Além disso, comportamentos de "limpeza" e "caminhar" frequentemente se associaram à "parada", destacando a importância da manutenção dos sensores olfativos em ambientes novos. Esses resultados mostram como as formigas integram diferentes estratégias para navegação e forrageio, oferecendo informações sobre seus mecanismos de orientação.
Uma da partes mais ricas de um evento é ter a oportunidade de apresentar seus trabalhos para colegas cientistas e interagir com os pares. Um Encontro pressupõe várias pessoas e foi fundamental ter a contribuição de tantos cientistas para o nosso encontro. Graduandos e pós-graduandos apresentaram suas descobertas e testaram a receptividade da comunidade científica a suas ideias. Isso não apenas enriqueceu os seus currículos, mas os ajudou a construir sua imagem como pesquisador, contribuiu para sua capacidade de argumentação e criou uma rede de contatos com colegas de área.
Nos simpósios vimos a interação entre cientistas de diferentes instituições que estão produzindo pesquisa numa mesma área. Foi uma forma rica de construir colaborações e de sintetizar descobertas.
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