ESTRATÉGIAS DE USO VERTICAL DO HABITAT PELO CALLITHRIX JACCHUS NA CAATINGA

  • Autor
  • Gessica Rafaelly Dantas da Silva
  • Co-autores
  • ARRILTON ARAUJO DE SOUZA
  • Resumo
  • O Callithrix jacchus explora diferentes camadas da vegetação, desde o solo até o dossel. Essa variação no uso dos estratos verticais permite que a espécie maximize o acesso a recursos e minimize a competição com outras espécies. Para investigar a especialização no uso do habitat vertical pelo Callithrix jacchus. Realizamos 26 expedições de campo à Floresta Nacional de Assú – ICMBio (aut. 84543 e 87903) CEUA (cert. 308.045/2022 e 339.020/2023), onde, acompanhamos três grupos de saguis de 02 a 06/2024. Identificamos as espécies vegetais, estimamos a altura total dos substratos e a altura em que ocorreu os comportamentos de dormir, descanso, gomivoria e forrageio, além das alturas em que os animais ingeriram frutas, exsudado e presas. Registramos 24 espécies vegetais com alturas médias de 4,58 ± 0,66 m. Os saguis foram observados em 824 focais utilizando alturas variadas para cada comportamento. O comportamento de dormir apresentou a maior média de altura registrada (6,56 ± 0,97m), seguido pelo comportamento de forrageio (4,43 ± 0,82m) e gomivoria (3,67 ± 0,83m). Já os comportamentos de descanso (2,59 ± 0,51m), forrageio de frutas (2,75 ± 0,81m) e presas (2,50 ± 1,21m). Observamos também, 27 ocorrências de captura de presas no chão e 6 em troncos caídos (Xm). O uso diferencial de camadas vegetais indicado pela altura dos estratos, parece ser uma parte importante do nicho comportamental do Callithrix jacchus. A exploração de estratos elevados, pode proporcionar uma visão ampla do território pelos animais, facilitando a identificação de potenciais fontes de frutos e concentração de presas nos estratos mais baixos.

  • Palavras-chave
  • Comportamento, nicho, substrato vegetal
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Escolha de habitat e migração
Voltar

Uma da partes mais ricas de um evento é ter a oportunidade de apresentar seus trabalhos para colegas cientistas e interagir com os pares. Um Encontro pressupõe várias pessoas e foi fundamental ter a contribuição de tantos cientistas para o nosso encontro. Graduandos e pós-graduandos apresentaram suas descobertas e testaram a receptividade da comunidade científica a suas ideias. Isso não apenas  enriqueceu os seus currículos, mas os ajudou a construir sua imagem como pesquisador, contribuiu para sua capacidade de argumentação e criou uma rede de contatos com colegas de área. 

Nos simpósios vimos a interação entre cientistas de diferentes instituições que estão produzindo pesquisa numa mesma área. Foi uma forma rica de construir colaborações e de sintetizar descobertas.

Comissão Organizadora

Eduardo Bessa

Comissão Científica