De acordo com a literatura, é esperado que as agressões intergrupais sejam mais intensas que as agressões intragrupos já que, caso um grupo perca sistematicamente a disputa pelo acesso a uma fonte, todos os seus membros têm seu acesso a ela reduzido. Nas fontes aprovisionadas, é esperado que ocorram muitas agressões já que o retorno custo/benefício desses recursos é alto. Neste artigo, vamos analisar as agressões durante o aprovisionamento diário de banana. O objetivo foi comparar as agressões intergrupais e intragrupo em termos da quantidade de indivíduos e da intensidade das agressões. Outro objetivo era saber o que prevê a frequência de agressões na fonte. As agressões foram amostradas através de todas-as-ocorrências e as condições sociais por varreduras instantâneas. Utilizamos teste t, U de Mann-Whitney e GLM para testar as predições. As agressões intergrupos não foram mais intensas, não tiveram mais indivíduos participando nem mais fêmeas participando, do que em agressões intragrupo. A frequência de agressões aumentou conforme aumentou a quantidade de indivíduos comendo banana. Não se corroborou a predição de que as agressões intergrupos são mais intensas do que as agressões intragrupo. A dominância pode ter afetado esse resultado, suavizando as agressões intergrupais. A oportunidade de agressão afetou a frequência de agressões na fonte.
Uma da partes mais ricas de um evento é ter a oportunidade de apresentar seus trabalhos para colegas cientistas e interagir com os pares. Um Encontro pressupõe várias pessoas e foi fundamental ter a contribuição de tantos cientistas para o nosso encontro. Graduandos e pós-graduandos apresentaram suas descobertas e testaram a receptividade da comunidade científica a suas ideias. Isso não apenas enriqueceu os seus currículos, mas os ajudou a construir sua imagem como pesquisador, contribuiu para sua capacidade de argumentação e criou uma rede de contatos com colegas de área.
Nos simpósios vimos a interação entre cientistas de diferentes instituições que estão produzindo pesquisa numa mesma área. Foi uma forma rica de construir colaborações e de sintetizar descobertas.
Comissão Organizadora
Eduardo Bessa
Comissão Científica