A coleta de recursos alimentares, conhecida como forrageio, realizada de forma eficiente é um elemento crucial para a aptidão e sobrevivência dos indivíduos. Em espécies sociais, o forrageio é feito coletivamente, permitindo uma diversidade nas estratégias utilizadas. Formigas são insetos sociais com diferentes hábitos alimentares e estratégias de forrageio, sendo realizadas de forma individual ou coletiva. No forrageio solitário, as características individuais das operárias forrageadoras são importantes para o desempenho social da colônia. Essa estratégia é muitas vezes associada a alimentos de distribuição imprevisível, sendo considerado a estratégia mais ancestral de forrageio. Porém, ainda é escasso o conhecimento sobre como as características individuais e ambientais podem atuar conjuntamente para afetar a eficiência coletiva no forrageio de formigas. Portanto, testamos na espécie de formigas ponerine Pachycondyla striata como a atividade de forrageio e número de rotas bem sucedidas é afetada pela distribuição do alimento e pela experiência prévia da forrageadora. Utilizamos três colônias de P. striata que tiveram suas operárias marcadas individualmente. Essas formigas passaram por um experimento onde havia alimento distribuído em uma arena de forma dispersa, um item alimentar por local, ou aglomerada, cinco itens alimentares por local. Além disso, cada condição foi repetida quatro vezes e cada repetição foi espaçada em 10 dias. Consideramos como atividade de forrageio o número de rotas desempenhadas por dia. Já sucesso de forrageio constituiu o número dessas rotas onde houve encontro e recuperação de um item alimentar. 130 operárias participaram dos experimentos, fazendo 427 rotas de forrageio. Destas, somente 22,7% foram bem sucedidas. A experiência não afetou a atividade ou o sucesso das operárias. Porém, formigas mais ativas foram mais bem sucedidas, principalmente no tratamento disperso. Nossos resultados ajudam a elucidar como a otimização do forrageio ocorre em grupos sociais auto-organizados e na ausência de pistas químicas, como feromônios.
Uma da partes mais ricas de um evento é ter a oportunidade de apresentar seus trabalhos para colegas cientistas e interagir com os pares. Um Encontro pressupõe várias pessoas e foi fundamental ter a contribuição de tantos cientistas para o nosso encontro. Graduandos e pós-graduandos apresentaram suas descobertas e testaram a receptividade da comunidade científica a suas ideias. Isso não apenas enriqueceu os seus currículos, mas os ajudou a construir sua imagem como pesquisador, contribuiu para sua capacidade de argumentação e criou uma rede de contatos com colegas de área.
Nos simpósios vimos a interação entre cientistas de diferentes instituições que estão produzindo pesquisa numa mesma área. Foi uma forma rica de construir colaborações e de sintetizar descobertas.
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