Introdução
A relação entre humanos e cães é significativa e variável, influenciada por contextos culturais e socioeconômicos. O objetivo deste trabalho foi o de validar a Escala de Relacionamento Tutor-Cão (DORS - Dog Owner Relationship Scale) para a cultura brasileira e língua portuguesa, sendo uma ferramenta importante para avaliar o vínculo afetivo e interação entre tutores e cães.
Objetivo
Traduzir o questionário/escala DORS para o português brasileiro e testar sua validade e confiabilidade em uma amostra de tutores de cães no Brasil.
Métodos
A escala DORS foi traduzida e validada para o português brasileiro e ajustada para a nossa cultura. Participaram do estudo 950 tutores de cães, que responderam ao questionário online. A análise foi feita em duas etapas: Análise Fatorial Exploratória (EFA) e Análise Fatorial Confirmatória (CFA). A confiabilidade interna foi avaliada com o coeficiente alfa de Cronbach.
Resultados
A EFA revelou a mesma estrutura de três fatores/subescalas da versão original da escala/questionário: Interação Cão-Tutor, Proximidade Emocional Percebida e Custos Percebidos da relação. A CFA confirmou a validade do construto. O coeficiente alfa de Cronbach mostrou valores aceitáveis para cada subescala. Análises de regressão indicaram que tutores com maior escolaridade têm menos chance de estar no grupo com maior pontuação em Proximidade Emocional Percebida, e tutores de cães mais velhos percebem menos custos associados à relação.
Conclusão
A versão brasileira do questionário/escala DORS mostrou evidências satisfatórias de validade e é recomendada para avaliar as relações entre tutores e seus cães no Brasil. Esta ferramenta contribuirá para a avaliação do bem-estar animal e para a compreensão das relações afetivas entre humanos e cães em diferentes contextos.
Uma da partes mais ricas de um evento é ter a oportunidade de apresentar seus trabalhos para colegas cientistas e interagir com os pares. Um Encontro pressupõe várias pessoas e foi fundamental ter a contribuição de tantos cientistas para o nosso encontro. Graduandos e pós-graduandos apresentaram suas descobertas e testaram a receptividade da comunidade científica a suas ideias. Isso não apenas enriqueceu os seus currículos, mas os ajudou a construir sua imagem como pesquisador, contribuiu para sua capacidade de argumentação e criou uma rede de contatos com colegas de área.
Nos simpósios vimos a interação entre cientistas de diferentes instituições que estão produzindo pesquisa numa mesma área. Foi uma forma rica de construir colaborações e de sintetizar descobertas.
Comissão Organizadora
Eduardo Bessa
Comissão Científica