A superimitação, uma atividade socialmente mediada de resolução de problemas, caracteriza-se pela tendência de copiar comportamentos relevantes e irrelevantes de um modelo, mesmo quando os irrelevantes são identificáveis. Esse comportamento tem recebido crescente atenção, com estudos associando-o à transmissão cultural em humanos (Horner & Whiten, 2005; Lyons, Kiel & Young, 2007; McGuigan, 2012). O objetivo deste estudo foi investigar uma possível relação entre superimitação e funções cognitivas e executivas. Nossa hipótese nula (H0) afirma que não há relação entre essas funções e a superimitação, considerando-a uma tarefa predominantemente social. Já a hipótese alternativa (H1) sugere que o desenvolvimento das funções executivas reduziria a superimitação. Realizamos uma revisão sistemática com metanálise, seguindo o modelo PRISMA, abrangendo estudos da PubMed de 2012 a 2022. Os resultados confirmaram a hipótese nula, mostrando que não há relação significativa entre desenvolvimento cognitivo ou infantil e a redução da superimitação. A análise correlacional entre a idade dos participantes e o número de comportamentos irrelevantes nas tarefas de superimitação não apresentou correlação significativa (rs= 0,012; r²= 0,0019; p=0,949). Também não foram encontradas diferenças significativas ao comparar três grupos etários (6 anos, 9 anos e adultos) (H=1,99, gl=2; p=0,37). Concluímos que a superimitação parece estar mais associada à interação social do que ao desempenho cognitivo, sugerindo que esse comportamento atua como um mecanismo de aprendizagem social.
Uma da partes mais ricas de um evento é ter a oportunidade de apresentar seus trabalhos para colegas cientistas e interagir com os pares. Um Encontro pressupõe várias pessoas e foi fundamental ter a contribuição de tantos cientistas para o nosso encontro. Graduandos e pós-graduandos apresentaram suas descobertas e testaram a receptividade da comunidade científica a suas ideias. Isso não apenas enriqueceu os seus currículos, mas os ajudou a construir sua imagem como pesquisador, contribuiu para sua capacidade de argumentação e criou uma rede de contatos com colegas de área.
Nos simpósios vimos a interação entre cientistas de diferentes instituições que estão produzindo pesquisa numa mesma área. Foi uma forma rica de construir colaborações e de sintetizar descobertas.
Comissão Organizadora
Eduardo Bessa
Comissão Científica