Frequentemente confinados, os equinos enfrentam estresse, reduzindo o bem-estar. A literatura sobre comportamentos em biotérios é limitada, dificultando a compreensão e atendimento das necessidades desses animais. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi caracterizar o comportamento de cavalos da raça Pônei Brasileiro durante período de experimentação, pertencentes ao Biotério do Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Animal da UFRRJ. Destaca-se que estas observações fazem parte da rotina estabelecida pelo o programa de bem-estar do Biotério. Para realização deste trabalho, foram observados 14 animais em 4 dias no momento de repouso. A avaliação comportamental foi realizada por meio de quantificação das expressões comportamentais, utilizando uma ficha de avaliação comportamental baseada em etogramas já publicados, dividida em 6 seções: posição corporal geral, orelhas, cabeça, cauda, olhos e comportamentos fora do contexto. Do total de avaliações, 94,64% dos animais apresentaram postura corporal relaxada, com membros relaxados e peso uniformemente distribuído nas quatro patas, e 3% mostraram postura em alerta, com patas firmes e músculos tensos. Quanto às orelhas, 57,14% estavam relaxados (orelhas suavemente para frente ou lados), 41,07% em alerta (orelhas erguidas e direcionadas com tensão) e 1,79% com orelhas caídas (para trás e quase grudadas na cabeça). A cabeça indicava relaxamento em 100% dos casos (cabeça na linha do dorso, movimentos suaves). A cauda mostrou 83,93% relaxados (sem rigidez) e 16,07% com abanamento ocasional. 87,50% dos olhos estavam relaxados (músculos faciais relaxados, piscadas lentas), enquanto 12,50% mostraram esclera (pálpebras mais abertas e musculatura do entorno tensa). Apenas 5,35% realizaram aerofagia, indicando estresse. Analisar apenas uma categoria não permite inferir o comportamento geral de um indivíduo, sendo ideal avaliar o conjunto das ações do animal e o contexto ambiental deste. Sendo assim, é possível concluir que os pôneis estabulados em momento de repouso, apresentam, em mais de 80%, comportamentos de relaxamento.
Uma da partes mais ricas de um evento é ter a oportunidade de apresentar seus trabalhos para colegas cientistas e interagir com os pares. Um Encontro pressupõe várias pessoas e foi fundamental ter a contribuição de tantos cientistas para o nosso encontro. Graduandos e pós-graduandos apresentaram suas descobertas e testaram a receptividade da comunidade científica a suas ideias. Isso não apenas enriqueceu os seus currículos, mas os ajudou a construir sua imagem como pesquisador, contribuiu para sua capacidade de argumentação e criou uma rede de contatos com colegas de área.
Nos simpósios vimos a interação entre cientistas de diferentes instituições que estão produzindo pesquisa numa mesma área. Foi uma forma rica de construir colaborações e de sintetizar descobertas.
Comissão Organizadora
Eduardo Bessa
Comissão Científica