Para os médicos veterinários, assim como para outros profissionais de saúde, é uma tarefa desafiadora o manejo de responsabilidades profissionais e de vínculo afetivo, simultaneamente. O afastamento afetivo pode comprometer a empatia necessária para o bom atendimento do paciente. Assim, a proximidade emocional pode se configurar um importante indicador da qualidade dessa relação. O estudo buscou verificar a relação afetiva de médicos veterinários de Belém, Pará, com animais, representada por meio de um desenho. Solicitou-se que 54 profissionais de medicina veterinária, sendo 17 homens e 37 mulheres, se representassem com um ou mais animais em um desenho, disponibilizando-se material e determinando o tempo de vinte minutos para realização da tarefa. Os desenhos foram coletados no local de trabalho e durante eventos organizados pela Universidade Federal Rural da Amazônia. Nos desenhos buscou-se observar a proximidade afetiva por meio de interações diretas como acariciar, brincar, abraçar, etc. e interações indiretas como contato visual, curva-se em direção ao animal e outras aproximações sem contato físico conforme Smith et al. 2005, observar qual a espécie animal foi representada com maior frequência e qual contexto foi mais representado pelos médicos - profissional ou pessoal. Foram excluídos os desenhos em que o profissional não se representou ou desenhou apenas parte do corpo. Observou-se que 50% dos profissionais demonstraram proximidade afetiva com animais, sendo a maior ocorrência das interações no contexto profissional (26%). Em 32% dos desenhos foi representado o contexto profissional, em 24% representado o contexto pessoal do tipo tutor-pet e em 4% contexto profissional e pessoal simultaneamente. Os cães foram os animais representados com maior frequência (32,60%), seguidos dos gatos (31,52%). Os achados indicam que embora os médicos veterinários possam estar no trabalho eles tendem a demonstrar uma conexão afetiva com os animais atendidos, assim como com seus pets.
Uma da partes mais ricas de um evento é ter a oportunidade de apresentar seus trabalhos para colegas cientistas e interagir com os pares. Um Encontro pressupõe várias pessoas e foi fundamental ter a contribuição de tantos cientistas para o nosso encontro. Graduandos e pós-graduandos apresentaram suas descobertas e testaram a receptividade da comunidade científica a suas ideias. Isso não apenas enriqueceu os seus currículos, mas os ajudou a construir sua imagem como pesquisador, contribuiu para sua capacidade de argumentação e criou uma rede de contatos com colegas de área.
Nos simpósios vimos a interação entre cientistas de diferentes instituições que estão produzindo pesquisa numa mesma área. Foi uma forma rica de construir colaborações e de sintetizar descobertas.
Comissão Organizadora
Eduardo Bessa
Comissão Científica