O pescado é um alimento extremamente saudável e tem papel importante para o desenvolvimento infantil. Dessa forma, é de grande relevância que o mesmo seja ofertado durante a alimentação complementar, período que corresponde do sexto mês de vida e perdura até os dois anos de idade da criança. Buscou-se avaliar a oferta desse alimento por parte dos responsáveis pela alimentação infantil durante o período da alimentação complementar e avaliar as principais espécies ofertadas em tal fase da vida, através de um questionário quali-quantitativo online. O documento continha perguntas relacionadas tanto a dados socioeconômicos dos respondentes e, caso os mesmos fossem responsáveis pela alimentação infantil, em relação à oferta do peixe, principais espécies escolhidas e motivo da escolha para as crianças na faixa etária proposta. Os dados foram devidamente tratados estatisticamente através do programa informático Microsoft Excel. Respondentes de todos os estados brasileiros participaram da pesquisa, totalizando 1002 participantes. 972 (97%) respondentes consomem peixe, 774 (77%) deles são ou já foram responsáveis pela alimentação complementar e desses, somente 21(2%) não oferecem o alimento para as crianças na faixa etária estudada. Ao todo, foram mencionadas 41 espécies diferentes oferecidas às crianças e as mais destacadas foram: Tilápia (Oreochromis niloticus), com 297 (30%) respostas, seguida pelo Salmão (Salmo salar) (207/6%), o Linguado (Paralichthys spp. e Syacium spp.) (50/5%), a Pescada (Cynoscion spp.) (51/5%) e Merluza (Merluccius spp.) com 55 (5%) respostas. Além disso, 37 (4%) respondentes disseram não ter preferência por nenhuma espécie. Os motivos principais da escolha dessas espécies foram a presença de poucas espinhas (390/25%), bem como a alta disponibilidade na região adquirida (196/12%), o conhecimento e confiança na espécie (186/12%) e também a facilidade de encontrar determinada espécie já cortada como filé (179/11%), facilitando o preparo do alimento. Levando em conta os aspectos mencionados, é possível concluir que as espécies citadas como preferência para as crianças durante a alimentação complementar são as espécies comumente encontradas no prato do adulto brasileiro, sendo as mesmas também encontradas facilmente na comercialização.
Comissão Organizadora
SEMAMBRA
Comissão Científica
Felipe Zandonadi Brandão
Luciano Antunes Barros
Maria Carmela Kasnowski Holanda Duarte
Roberson Sakabe