REVISÃO DE LITERATURA: INGESTÃO DE LIXO EM TARTARUGAS MARINHAS DE VIDA LIVRE

  • Autor
  • Maíra Altina da Costa Sousa
  • Co-autores
  • Samara Rosolem Lima , Juliana da Silva Leite , Ana Maria Reis Ferreira
  • Resumo
  • Introdução: Tartarugas marinhas são animais que podem viver por décadas (TAMAR, 2021) e são constantemente expostas a agressões ambientais que podem provocar lesões agudas e ou crônicas (LIMA et al., 2018; LIMA et al., 2019), sendo consideradas excelentes indicadores da saúde do ecossistema marinho (TAMAR, 2021). Uma das principais causas de morte é a ingestão de resíduo de ação antrópica (LIMA et al., 2018). Objetivo: Realizar uma revisão de literatura sobre a ingestão de resíduo de ação antrópica por Tartarugas marinhas de vida livre e expor pontos relevantes sobre o tema. Metodologia: Foram analisados textos científicos sobre a ingestão de resíduo de ação antrópica por tartarugas marinhas de vida livre e os principais dados foram compilados e analisados. Resultados: A presença de resíduo de ação antrópica em trato gastrointestinal (TGI) de tartarugas marinhas de vida livre varia de 42.5% (LIMA et al., 2018) a 100% (DUNCAN et al., 2018). Estes compostos podem ser observados em qualquer porção do TGI, sendo mais frequente no intestino grosso (IG), seguido pelo estômago (Lima et al., 2018). As sacolas plásticas brancas são as mais recorrentes (TAMAR, 2021) e o resíduo de ação antrópica pode ser de qualquer tamanho, predominando entre 0.3 a 1.2 cm (DUNCAN et al., 2018).  Acredita-se que a ingestão ocorra devido á similaridade, principalmente de sacolas plásticas, com o alimento destes quelônios, diminuição da capacidade visual e a precipatação, resultando na ingestão durante o forrageamento (DUNCAN et al., 2018). Nas tartarugas com a presença de resíduo de ação antrópica é comum a ocorrência de compactação alimentar (DUNCAN et al., 2018), enterite (LIMA et al., 2018), laceração e erosão de mucosa (TAMAR, 2021). A compactação alimentar é 6,3 vezes mais frequente nas tartarugas que ingeriram resíduo de ação antrópica do que nas que não ingeriram (LIMA et al., 2018). Além disso, a ingestão é contínua e repetida ao longo da vida (LIMA et al., 2018) e acredita-se que a passagem pelo TGI possa ser favorecida pelo tamanho reduzido e flexibilidade do composto (DUNCAN et al., 2018). Conclusão: Desta forma, conclui-se que a ingestão de resíduo de ação antrópica é frequente, recorrente e um risco a vida destes animais. Estes compostos podem ser encontrados em qualquer parte do TGI, sendo mais comum no IG, e de diferentes tamanhos, com predomínio entre 0.3 a 1.2 cm. Estas tartarugas estão vulneráveis a poluição marinha e sem a proteção humana podem entrar em extinção.

  • Palavras-chave
  • Conservação, Quelônios, Poluição
  • Área Temática
  • Medicina Veterinária de Animais Selvagens
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