DIAGNÓSTICO TOMOGRÁFICO DA AUSÊNCIA CONGÊNITA DA VEIA PORTA EM FELINO DOMÉSTICO

  • Autor
  • Thais Veiga Blanchart
  • Co-autores
  • Barbara Bianca Pereira do Nascimento , Nilceia Ramos Veiga , Angela O. Azevedo
  • Resumo
  • A Ausência Congênita da Veia Porta (CAPV) é uma rara condição de má formação congênita do sistema venoso hepático. Desta forma, o sangue das veias mesentérica cranial e esplênica não passam pelo fígado, sendo drenado em uma veia sistêmica. A veia porta é responsável pela drenagem do baço, órgãos digestórios abdominais, parte caudal do esôfago torácico e parte do reto. É formada variavelmente por três veias tributárias: esplênica mesentérica caudal e mesentérica cranial. Os desvios portossistêmicos (DPS), ou shunts, ocorrem quando um vaso anômalo desvia o fluxo sanguíneo da circulação portal para sistêmica. Geralmente essa condição leva a microhepatia e os sinais clínicos muitas vezes estão relacionados com o extravasamento de toxinas como a amônia. O diagnóstico dos DPS pode ser desafiador. O exame tomográfico computadorizado (TC), em relação ao radiográfico e ultrassonográfico (US), pode eliminar a sobreposição de estruturas e possibilita uma melhor identificação e diferenciação das mesmas. A reformatação multiplanar permite uma avaliação mais completa dos tecidos, normais ou patológicos, pois auxiliam no reconhecimento de estruturas tubulares e tortuosas. Representações em 3D podem ser geradas, contribuindo para o melhor entendimento de alterações morfológicas. A TC no modo helicoidal tem tido melhores resultados no diagnóstico de shunts intra/extra hepáticos únicos/múltiplos. É um exame não invasivo e a execução e interpretação é mais fácil do que o doppler ultrassonográfico e a angiografia convencional. Entretanto, o fluxo portal e pressão sanguínea não podem ser medidos e há a dificuldade de identificação de veias paralelas ao plano axial da imagem. Do conhecimento das autoras, há apenas um relato de caso publicado de CAPV em felino. Este estudo objetiva relatar o diagnóstico de CAPV em gato. Foi atendido um felino doméstico, fêmea, sem raça definida de 5 meses com histórico de crises convulsivas agudas. Nos exames de hemograma e bioquímica sérica não houve alterações significativas. Na US abdominal, foi sugerida microhepatia e alteração congênita no sistema porta-hepático. Em sequência foi realizado um exame tomográfico, que diagnosticou a aplasia de veia porta. O paciente fez uso de ração renal e lactulose 1,0 ml/kg, uso contínuo e aguarda cirurgia corretiva. Conclui-se desta maneira a importância do exame de TC para o diagnóstico de DPS, uma vez que para a cirurgia de correção são necessárias informações precisas do tamanho e localização do vaso.

  • Palavras-chave
  • aplasia, sistema porta, felino, imagem avançada
  • Área Temática
  • Clínica Médica, Cirúrgica e Reprodução de Pequenos Animais
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